Leon e-Hybrid, o SEAT mais EFICIENTE de sempre!

Testámos o SEAT Leon e-Hybrid na versão Sportstourer, o primeiro modelo híbrido plug-in da marca espanhola. Para frotas… e não só!

SEAT
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SEAT Leon Sportstourer 1.4 e-Hybrid Xcellence DSG

O mercado está cada vez mais sustentável e eletrificado. Por esse motivo, a SEAT não quis perder terreno e decidiu apostar na ofensiva elétrica com o lançamento do seu primeiro veículo híbrido plug-in. O SEAT Leon e-Hybrid é, assim, o primeiro de cinco novos modelos eletrificados a serem lançados até ao final de 2021, podendo assumir o formato hatchback ou Sportstourer, tendo como base a atual e quarta geração.

O SEAT Leon é um dos pilares da casa de Martorell, e que na atual geração apresentou uma grande evolução na sua linguagem de design. No nosso primeiro contacto pudemos constatar as diferenças face ao anterior modelo e a digitalização é, sem dúvida, a palavra-chave.

Agora aliado a uma propulsão híbrida, este torna-se no SEAT mais ecológico de sempre. Semelhantemente à versão a combustão ensaiada há uns meses, esta vertente híbrida plug-in também nos chega às mãos em formato Sportstourer. Para ficares a conhecer o SEAT Leon Sportstourer em mais detalhe, clique no artigo abaixo.

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A diferença está nos detalhes

Agora na vertente híbrida plug-in, o SEAT Leon e-HYBRID apresenta poucas diferenças exteriores para qualquer outro. Tal como noutros veículos PHEV que tivemos a oportunidade de testar ultimamente, o exterior apenas difere na segunda porta de combustível e no emblema “e-HYBRID no portão traseiro.

De série, e neste caso, inclui jantes de liga leve de 17″. Ainda assim, como opcional e específicas para este modelo PHEV, foram desenhadas jantes aerodinâmicas de 18″ que favorecem um menor arrasto e de forma a aumentar o coeficiente energético. Acrescentam 601€ na fatura final.

Já no interior, é preciso alguma minúcia para perceber que a única diferença que existe para outra versão está na capacidade da bagageira. Em virtude de transportar o conjunto de baterias, esta “emagreceu” para 470 litros (menos 150 litros). Ainda assim, por baixo desta, existe um espaço livre capaz de transportar os dois conjuntos de cabos de carregamento (sem necessitarem de estarem sempre a atrapalhar). E ainda sobra espaço para pequenos objetos!

Semelhantemente ao antes ensaiado, o interior é bem cuidado. Apresenta boas quotas de habitabilidade e qualidade de construção, ainda que na sua maioria seja forrado a plástico, a maior parte é “aborrachado” ou suave ao toque. Plásticos duros só na consola ou em locais de menor acesso ou visibilidade. No tablier existe ainda uma separação a imitar “madeira zebrano” que lhe confere uma nota mais clássica e que contrasta com o restante conjunto.

SEAT Leon eHybrid 61

Estás a ver esse cabo? Pois bem, íamos ficando sem ele! Vê porquê no nesta publicação no nosso Instagram.

Digitalmente (muito) avançado…

Tal como no primeiro contacto com a quarta geração do SEAT Leon ou do “primo” Volkswagen Golf, continuo a achar que a tendência totalmente digital tem as suas vantagens, mas também desvantagens.

À minha frente, e atrás do volante multifunções, está o cockpit 100% digital, tal como encontrei no SEAT Ateca. Até aqui nada a apontar a este SEAT Leon híbrido, pois além de excelente resolução, permite uma seleção de vistas e menus que integram bem o painel.

Este permite ainda colocar a navegação à vista, sem que tenha de desviar o olhar para o sistema de info-entretenimento. À parte do monitor de carga e de outros detalhes específicos deste SEAT Leon híbrido plug-in, tudo o resto é bastante familiar e fácil de usar, usando os botões físicos do volante.

SEAT Leon eHybrid 72
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Muita tecnologia a bordo, mas nem sempre fácil de utilizar

Em contraste, temos o sistema de info-entretenimento ao centro do ecrã. Este responde a comandos táteis e é ainda capaz de responder a comandos de voz (“Hola, Hola”) para tarefas mais simples. Já em termos de manuseamento, requer alguma atenção e obriga a desviar o olhar da estrada. Isto porque a curva de aprendizagem é algo extensa, e para além da existência de vários menus, estes exigem alguma concentração na interação. Durante o nosso ensaio a equipa passou largos minutos à procura de determinados menus ou opções…

Também a ventilação está integrada neste sistema e permite a seleção de temperatura através de uma fila de atalhos abaixo do ecrã – também táteis e que incluem ainda os comandos do volume do rádio. À noite é que a tarefa se complica… pois não são iluminados. Tudo o resto está visível no menu da climatização, com uma extensa lista de ajustes, tanto para a fila dos bancos dianteiros como traseiros. Ainda assim, fica-nos sempre a ideia que faltam alguns comandos físicos ou até de atalhos como acontece no Volkswagen Golf.

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…e mais eficiente!

Uma das promessas do novo SEAT Leon e-HYBRID é a sua eficiência. Graças à bateria de 13 kWh e ao motor elétrico de 85 kW (115 cv), foi-nos possível percorrer uma distância de 47 km em modo 100% elétrico. Tudo isto de forma descontraída até um máximo de 140 km/h, altura em que o motor 1.4 TSI de 150 cv a gasolina entra em ação. Enquanto houver carga na bateria, o SEAT Leon e-HYBRID irá dar maior prevalência a uma condução 100% elétrica, tudo a favor de uma maior poupança no consumo.

Combinando ambos os motores, a potência máxima disponível do SEAT Leon híbrido é de 204 cv e 350 Nm, distribuído às rodas dianteiras através de uma caixa automática DSG de seis relações. Ainda que desprovido de modos de condução nesta versão, tal não foi motivo para descontentamento, dado que a potência se fez chegar às rodas sempre que o acelerador exigia.

Alternar entre o modo Híbrido e Elétrico está à distância de uns cliques num dos menus do sistema de info-entretenimento. No entanto, na secção dedicada ao modo híbrido é possível parametrizar outros aspetos que só nesta versão estão disponíveis. Coisas como temperatura estacionária, agendamento de partida ou modo de propulsão, de forma a preparar melhor a viagem.

Carregamento e consumos

No momento em que a bateria chegar ao seu nível mínimo, significa que é hora de carregar. O tempo de carregamento irá variar, dependendo se é feito numa tomada doméstica ou num posto de carregamento público. No nosso caso, o tempo que levou a atingir os 100% num posto público (a 3.7 kWh) foi de 3:30h. Para carregar em casa, os tempos poderão variar entre 5 e 6h.

No que a consumos diz respeito, o SEAT Leon e-HYBRID manteve uma média final de 3,8 l/100 km. Tudo isto porque boa parte do tempo foi feita sem recurso à bateria (por já termos esgotado a sua carga). Ainda assim, apenas recorrendo ao 1.4 TSI de 150 cv, podemos contar com consumos a rondar os 6,7 l/100 km. Já a bateria mesmo descarregada, manterá sempre uma “réstia” de carga para auxiliar nos arranques, e que vai sendo alimentada por via da regeneração.

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E por falar em regeneração, de forma a poder aumentar ou diminuir a sua força em descidas ou desacelerações, é possível alternar entre três modos: “Fraco”, “Automático” ou “Forte”. No entanto, o que me parece mais adequado a qualquer tipo de situação é o “Forte”. Isto porque o “Fraco” é quase inexistente, e o “Automático” não me pareceu tirar partido em todas as ocasiões, ou entrou demasiado tarde.

Por via das dúvidas, foi o modo “Forte” a nossa escolha na maior parte do tempo, aproveitando as desacelerações para usar menos o travão e aproveitar a energia regenerativa. Como resultado, o que poupa no travão, ganha em energia. Ainda assim, ao invés de um simples botão para alternar entre qualquer um deles, é necessário navegar até às “profundezas” das parametrizações do novo sistema de info-entretenimento. No total são “apenas e só” 8 cliques…

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Por quanto?

O SEAT Leon híbrido plug-in está disponível com um preço base de 38 257€. Para clientes empresariais, é possível aproveitar os benefícios fiscais em vigor e poupar tanto no ambiente, como na carteira. Ainda que possa ser considerado um elevado valor para o segmento, é uma das propostas híbridas plug-in mais acessíveis do mercado.

Só para ilustrar os extras da unidade em ensaio, passo a enumerar. Pack Plus e-HYBRID (1577€) – que inclui o Pack Full LED, Sistema Full Link + Navegação Plus e Park Assist com sensores dianteiros e traseiros. Cabo de carregamento doméstico (150€). Pack Segurança & Condução (230€). Forro do teto em preto (200€). Iluminação interior ambiente LED (273€). Pintura metalizada Cinzento Magnetic (465€). No total, a fatura final fica nos 41 152€.

Conclusão

Nesta nova vertente híbrida plug-in, o SEAT Leon Sportstourer mantém a mesma fórmula da quarta geração que lhe dá vida. A digitalização é o seu ponto-chave mas também o seu "tendão de Aquiles", pois onde onde tenta simplificar acaba por complicar com a ausência de botões físicos que ajudam numa interação mais facilitada em condução. O sistema elétrico apresenta-se como bom aliado dos consumos, ainda que os valores alcançados estejam um pouco longe dos anunciados pela marca. Convém ainda referir que, é uma das mais acessíveis propostas híbridas plug-in.

Ficha Técnica

Cilindrada

1395 cm3

Cilindrada

350 Nm

Binário Máximo

204 cv

Potência

Cilindrada

7,7 s

0-100 KM/H

220 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada

1,2 l/100 km

Combinado

3,8 l/100 km

Registado

30 g/km

Emissões CO2

Cilindrada

38 257€

Base

41 152€

Ensaiado


Thumbs UpPainel de instrumentos digital de série. Qualidade do sistema de info-entretenimento.

Thumbs DownAusência de botões físicos no sistema de info-entretenimento e complexidade do mesmo. Autonomia elétrica. Preço.