Opel Mokka-e. ? VERDE por fora… e por dentro!

O Mokka-e, é uma das propostas elétricas da Opel e que partilha a mesma solução com outros modelos do grupo, mas com uma identidade própria.

Opel
SUV
Opel Mokka-e Ultimate

À semelhança do que acontece com outros modelos do grupo, o novo Mokka apresentou-se desde logo com uma versão 100% elétrica para que também a Opel não fique de fora da “corrida aos elétricos”. Assente numa plataforma partilhada por outros modelos do grupo, o Mokka-e para além de se tentar diferenciar com uma imagem mais jovem e robusta, tem o objetivo de ser o modelo capaz de mudar a imagem da marca. Não está no mau caminho…

Com uma generosa altura ao solo, guarda-lamas pronunciados e assinaturas LED bem conseguidas tanto na frente como na traseira, o Mokka-e sobressai, e em pouco difere da versão a combustão. Para além das jantes de liga leve específicas, neste caso apenas a cor é suspeita mas, assenta-lhe bem. O mesmo acontece com a pintura em dois tons.

Interior evoluído

No interior é onde encontramos algumas parecenças com outros modelos do grupo, mas mais uma vez o Mokka mantém a identidade Opel através de um painel de instrumentos específico e de boa leitura, que se une ao ecrã do info-entretenimento, também este virado para o condutor. A climatização mantém, no entanto, comandos físicos, o que simplifica o dia-a-dia e é de louvar. O mesmo acontece com alguns dos sistemas de ajuda à condução como a manutenção na faixa de rodagem, entre outros.

A posição de condução é mais baixa, mas adequada, bem como a ergonomia dos comandos e o volante tem boa pega. Da mesma forma, os bancos não merecem críticas. Confortáveis o suficiente e com apoios laterais que também convencem. Aqui, há apenas a lamentar a qualidade de alguns materiais em zonas mais inferiores. Ainda que as portas sejam forradas a uma espécie de Alcântara, existem demasiadas superfícies em preto brilhante que não agradam e provocam reflexos indesejáveis.

Já nos lugares traseiros a acessibilidade não é a melhor com o perfil descendente a prejudicar a entrada e a saída. Na bagageira este Mokka elétrico perde algum espaço para um total de 310 l de capacidade, menos 40 litros face às versões a combustão.

Ao volante do Mokka, nem tudo é perfeito…

Arrancando para a estrada depressa damos conta daquilo que pode ser melhorado neste Opel Mokka-e. Em primeiro lugar a suspensão. Menos confortável do que os modelos com o qual partilha a plataforma, deixa passar mais vibrações para o habitáculo. No entanto, os movimentos de carroçaria são bem mais controlados, sem qualquer adornar excessivo. Ou seja, perde-se algum conforto, ganha-se alguma dinâmica! No fundo, esta acaba por ser a opção 100% elétrica mais dinâmica do grupo.

Depois, o comando da caixa de velocidades, herdado de outros modelos, também não oferece a melhor experiência. Para além de ser pequeno, é lento na engrenagem, o que se torna muito pouco prático em manobras. Sem ser referência na disponibilidade e entrega da potência, o Mokka-e é naturalmente despachado, como seria de esperar de um 100% elétrico. Ainda assim, os 136 cv de potência só estão disponíveis quanto utilizamos o modo Sport. Por outro lado, o modo “B” da caixa não é suficiente para evitar a utilização dos travões, que também não têm a progressividade ideal. Um modo que permitisse a condução com apenas um pedal, tal como já têm muitos dos seus concorrentes era o ideal para a cidade, assim como um sistema de auto-hold.

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Mais dinâmico do que os seus congéneres, o Opel Mokka-e é poupado e expedito em cidade.

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Bateria & Carregamentos

Os tempos de carregamento naturalmente variam de acordo com todas as variáveis. Numa tomada doméstica normal, são necessárias mais de 20 horas. No entanto, com um carregador de 11 kW em cerca de cinco horas é possível recuperar a totalidade da carga. Já uma carga rápida a 100 kW consegue ir dos 0 aos 80% em cerca de 30 minutos, ou uma hora a 50 kW. Na nossa redação, a carregar a 7,4 kW através de uma das soluções da ADN Energy, carregamos o Opel Mokka-e em pouco mais de seis horas. Ou seja, uma noite será sempre suficiente para repor baterias.

Os 50 kWh de bateria permitem uma autonomia a rondar os 300 km, com base em consumos de 16 kWh/100 km. Como é comum neste tipo de propostas, a utilização maioritariamente em cidade acaba por revelar consumos mais reduzidos e consequentemente uma maior autonomia. No entanto, acreditamos que apesar de uma utilização citadina, a maior parte dos utilizadores vive fora dos grandes centros urbanos, logo o consumo mais real é de facto aquele com o qual terminámos este teste.

Em suma, o Opel Mokka-e é uma proposta 100% elétrica que oferece um pacote tecnológico adequado ao segmento, com uma imagem jovial e um comportamento mais dinâmico. Adequado para a cidade, mas capaz de muito mais, peca por um preço exagerado face à versão a combustão e que obriga a fazer bem as contas, mesmo com o constante aumento do preço dos combustíveis.

A gama Mokka-e é composta por quatro versões de equipamento, com preços entre os 36 000€ e os 42 000€. A unidade ensaiada tinha o nível de equipamento mais completo, denominado de Ultimate.

Conclusão

O Opel Mokka-e é um elétrico capaz, vocacionado para cidade e com bom comportamento dinâmico. Peca por não disponibilizar algumas funções e equipamento já comuns na concorrênciaque oferece um pacote tecnológico adequado ao segmento, com uma imagem jovial e um comportamento mais dinâmico. Adequado para a cidade, mas capaz de muito mais, peca por um preço exagerado face à versão a combustão e que obriga a fazer bem as contas, mesmo com o constante aumento do preço dos combustíveis.

Ficha Técnica

Cilindrada

260 Nm

Binário Máximo

136 cv

Potência

Cilindrada

9 s

0-100 KM/H

150 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada
Cilindrada

36400€

Base

42100€

Ensaiado


Thumbs UpCondução. Comportamento. Consumos

Thumbs DownAlguns materiais. Acessibilidade traseira. Preço.