Manteigas. Em busca da Identidade Serrana!

É o único concelho totalmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela e sede do Geopark Estrela. Manteigas é um piscar de olho à natureza!

O perfil típico dos vales com origem glaciar faz, deste recanto da serra da Estrela, um encanto. Numa Natureza envolvente em cada olhar, a silhueta da montanha recorta o horizonte numa manta de retalhos capaz de seduzir um ano inteiro de descobertas. 

Sendo o único concelho com a área totalmente inserida no Parque Natural da Serra da Estrela, sendo ainda sede do Geopark Estrela, o concelho de Manteigas assume-se como um verdadeiro piscar de olho à natureza e ao visitante.  

Esculpida no vale glaciar 

Longe nos tempos, confundindo-se com a própria história que esculpiu o vale de origem glaciar, o mais antigo da Europa, o tempo foi passando de folha em folha no livro das origens. Diluindo-se por topónimos entre “manteigas” e senhorios territoriais, o concelho consolidou-se entre o perfil montanhoso e a tenacidade das gentes. Das encostas nevadas do Covão da Ametade ao verdejante vale, a tradição das atividades económicas assentou na força das águas que movimentavam as fábricas e nos produtos de origem animal, a lã e o leite de ovinos. Também o termalismo faz parte da história da terra, certificado desde o séc. XVIII, com as melhores águas para diferentes tratamentos do foro respiratório e esquelético.  

Hoje, o concelho, reparte-se por quatro freguesias que reúnem vestígios do passado onde o associativismo, os equipamentos e o programa cultural, apoiado pelo município, reforçam uma identidade serrana. Um passeio por qualquer uma das freguesias permite comungar de um sentimento de envolvência entre a natureza, a cultura e as gentes.  

À descoberta de Manteigas 

A proposta de passeio percorre o concelho oferecendo os testemunhos de um território genuíno. Para ser realizado durante todo o ano (com a exceção de condições invernais mais adversas), o início do roadbook faz-se junto da Câmara Municipal. A primeira parte leva-nos até ao alto das Penhas Douradas. Ao chegar à nota 6 da página 1, fica o primeiro convite para se desviar um pouco do trajeto.

Antes de regressar a esta nota, suba pela esquerda e, um pouco depois, encontrará o observatório meteorológico. Siga pelo asfalto e visite as Penhas Douradas. Já acima dos 1500m de altitude, o local é único pelos testemunhos de uma verdadeira aldeia de montanha bem preservada, onde as casas espalhadas pela paisagem sugerem outras paragens.

Da Casa da Fraga ao Miradouro do Fragão do Corvo, surgem as memórias da grande expedição científica à serra da Estrela datada de 1881, que contou com a presença de ilustres como Martins Sarmento e o médico Sousa Martins. Tratava-se de uma área reconhecidamente, já na altura, indicada para o tratamento de doenças do foro respiratório que se expandiu com base numa arquitetura sui generis. O ar rarefeito e “fino” de um dia solarego, acalma o espírito e o corpo com os horizontes a perderem-se de vista entre o planalto transmontano e as serranias da meseta ibérica. 

Depois de serpentar o planalto, entre campos de cereais e o chocalhar dos guizos, o trilho começa a descer para a “Cruz das Jugadas”. Um cruzamento importante com vistas invejáveis para o vale do Zêzere e do Mondego, sendo o ponto de partida para um dos cartões de visita outonais do concelho de Manteigas: as faias de S. Lourenço. Aqui, se as condições atmosféricas o permitirem, atreva-se subir o corta-fogo, que em condições normais é realizável por um SUV 4×2. Caso não o consiga subir, faça a alternativa que lhe sugerimos, desde que se possa circular no trajeto. Se, mesmo assim não for permitido, desça a Manteigas e siga para junto do Parque de Lazer da Várzea e prossiga o roadbook nesse local. 

À boleia do novo Jeep Avenger, 100% elétrico 

A propósito: como companheiro de viagem para descobrimos a beleza destes trilhos, escolhemos o novo Jeep Avenger. Desenvolvido para ser o primeiro modelo da marca 100% elétrico, o Avenger revelou-se um verdadeiro aventureiro. Com diferentes modos de condução, é com facilidade que se movimenta em qualquer tipo de terreno, surpreendendo mesmo apenas com tração dianteira! A motorização elétrica empresta-lhe uma vivacidade insuspeitada, sem tempos de espera nas acelerações ou no controlo de tração. Com elevado conforto, espaço a bordo e equipamento, o novo Jeep Avenger surge como uma verdadeira opção para diferentes tipos de piso, oferecendo uma experiência silenciosa em pleno coração de ambientes naturais. 

Com uma bateria de apenas 50kWh úteis, o Avenger tem nos surpreendentes consumos o seu maior trunfo nesta que é a primeira verdadeira abordagem 100% elétrica da marca americana. Capaz de consumos em cidade na ordem dos 12kWh/100Km, facilmente retiramos mais de 400km de autonomia desta bateria. E mesmo em autoestrada, os consumos andam entre os 16 e os 20kWh/100Km, permitindo viagens longas com apenas um carregamento. E, com capacidade para carregar até 100kWh, as paragens não são nada demoradas. 

O novo Avenger surpreende pela positiva 

Se ficámos agradavelmente surpreendidos com a sua eficiência energética, ficamos mais ainda com as suas prestações fora de estrada. Ainda que, para já, nesta versão 4×2 com tração dianteira, o “pequeno” Avenger não deixa em mãos alheias o ADN da marca. E, embora nunca vá fazer sombra ao seu “irmão” Wrangler, graças a tecnologia dos diferentes modos de condução (do sport, à lama e neve), o Avenger foi capaz de superar estes trilhos serranos com distinção e até atrever-se num corta-fogo ou outro mais desafiante. 

Resta esperar pela versão 4×4 deste Jeep 100% elétrico para nos atrevermos a ir ainda mais longe com ele pelas encostas da serra da Estrela. Mas voltemos A Manteigas e ao nosso caminho. 

Depois de descer até ao vale do Zêzere, começa a segunda parte da viagem: a subida às altas serranias da Estrela, com passagem no Poço do Inferno. Trata-se de um percurso delineado num verdadeiro santuário natural que merece toda a atenção pelas caraterísticas da floresta centenária. Depois do Poço do Inferno, poderá terminar o percurso, uma vez que a parte final coincide com um estradão de alta montanha que dá acesso à zona do Covão da Ametade e que poderá estar coberto de neve e nevoeiro cerrado durante algumas épocas do ano. Mas, caso contrário, avance! 

Manteigas é terra de sabores e tradições 

Saboreando uma terra de tradições, o viajante é presenteado pela riqueza patrimonial da qualidade dos produtos. De entrada, os enchidos (a chouriça, a farinheira e a morcela) acompanhados de pão centeio e broa de milho; como pratos principais o caldudo (feito com castanhas), as trutas e as feijocas; de sobremesa o arroz-doce, o queijo da serra, as papas de milho, os pastéis de feijoca e o requeijão com doce de abóbora. A ajudar à digestão, a aguardente de zimbro ou jeropiga. Produtos para degustar com moderação e para levar consigo para casa, para reavivar memórias da passagem por estas terras. 

Para terminar, uma dica de moda! Se aproveitar esta época do ano para descobrir a serra da Estrela por Manteigas, agasalhe-se com o burel tradicional do concelho que o aconchegará em cada recanto. 

Siga o Roadbook e venha descobrir Manteigas 

Fica então o convite para vir visitar Manteigas e o seu vale glaciar, das Faias às Penhas Douradas e descobrir os segredos deste lugar de pura identidade serrana. Venha ver as suas paisagens com os seus próprios olhos e deixe o seu palato vaguear pelos sabores tradicionais desta terra. A hospitalidade beirã aguarda por si e a simpatia e calor das gentes da terra fazem deste um lugar perfeito para visitar em qualquer altura do ano.