Renault Captur. Uma revolução “à francesa”!

O objetivo do novo Renault Captur é só um: continuar na liderança do segmento dos SUV compactos! E tem bons “trunfos na manga” preparados para enfrentar os seus rivais.

Renault
B-SUV
Renault Captur Exclusive TCe 100

O Renault Captur tem vindo a ganhar terreno ao longo dos últimos anos num segmento em que é líder há muito tempo, os SUV compactos, mais recentemente conhecidos como B-SUV. Tanto que, em 2019, chegou mesmo a ser o 3º automóvel mais vendido em Portugal e o mais vendido do segmento na Europa. Entretanto, foi renovado na sua totalidade, viu-se crescer em tamanho, espaço e tecnologia. Tudo para manter a supremacia.

A mais recente geração do Renault Captur traz consigo excelentes atributos que dão bons indicativos de um futuro promissor. Por fora, uma revolução, começando pelo tamanho que se viu aumentar em todos os aspetos e que se refletem no espaço a bordo. Face à geração anterior, o novo Captur mede mais dois centímetros de largura, um centímetro de altura e onze centímetros de comprimento. Além disso conta ainda com uma maior distância entre eixos. O aspeto agora mais SUV e menos crossover é assim assinalado com uma presença mais forte, robusta e “musculada”.

Fazendo não só uso da mesma plataforma do novo Renault Clio (a CMF-B) como também é impossível não encontrar semelhanças com o utilitário francês. Tanto na dianteira como na traseira a nova assinatura em LED (de série) em formato “C” são características comuns e imagem de marca. Ao nível da personalização, o novo Renault Captur tem disponíveis dezenas de combinações de cores que lhe permitem tirar partido das novas linhas da carroçaria. No caso do carro ensaiado, a cor “Laranja Atacama” e tejadilho em “Preto Estrela” (opcional, 650€) dão-lhe um toque especial e assenta bem em qualquer panorama. Já as jantes de liga-leve de 17” (de série) encaixam bem na carroçaria, que o que dão em aspeto não retiram em conforto.

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Um interior algo familiar

Tal como no Clio ou até mesmo no elétrico Zoe, o Renault Captur faz uso das mais recentes atualizações de estilo no seu interior. O painel de instrumentos digital de 7” (com possibilidade de equipar com um de 10” com navegação) é montado ao centro do painel, enquanto o mostrador de temperatura e nível de combustível ocupam as extremidades.

Ao nível da montagem e materiais, poucos são os defeitos a apontar, pois todo o interior sofreu uma evolução face à geração anterior. A sua grande maioria recorre a plásticos macios ou aborrachados e agradáveis ao toque, onde os plásticos “duros” ficam a cargo dos lugares mais escondidos ou de menor acesso. Mesmo nas portas, local propício a uma utilização de plásticos duros, se nota um cuidado redobrado na utilização de materiais de bom toque Na consola é ainda possível encontrar um contraste com alumínio escovado entre as saídas de ar, que lhe conferem um aspeto mais cuidado e contrastam com o restante interior preto.

Agora numa posição mais elevada, os bancos, compostos por um misto entre a pele e o tecido, apresentam um bom suporte e conforto em viagem. Atrás, beneficiando de 17 milímetros extra face à geração anterior, é possível viajar sem restrições com dois adultos, sendo estes ainda reguláveis longitudinalmente em cerca de 16 centímetros, permitindo aumentar ainda mais a capacidade da bagageira. E por falar em bagageira, a mesma conta com uns generosos 536 litros de capacidade (com os bancos traseiros na regulação máxima), o que equivale a 422 litros com os bancos recuados. Por baixo do alçapão (que permite nivelar a bagageira com os bancos rebatidos, é possível encontrar um pneu suplente ao invés de um kit anti-furo.

Mais tecnológico que nunca

Ao centro do tablier encontramos o ecrã digital Easy Link de 9,3″ disposto verticalmente, e que até ao momento é o maior do segmento. Nele é possível encontrar a navegação através de serviços Google ou até mesmo informações dos postos de combustível mais próximos e os seus preços. A ligação a Apple CarPlay e AndroidAuto estão também disponíveis de série, e é nestes que a maioria dos condutores recairão boa parte do tempo. Com duas portas USB na frente, tomada de 12v, AUX e ainda mais duas portas USB e tomada de 12v para os bancos traseiros… Energia e entretenimento não faltarão a bordo.

De série, o Renault Captur inclui ainda os mais recentes sistemas de ajuda à condução, com destaque para o sistema de travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas ou até mesmo o sistema de assistência à travagem de urgência. Como opcional, a unidade ensaiada conta com o pack “Vision 360º Parking” (acresce 1080€), que inclui câmara marcha-atrás, visão 360º (e que muito jeito dá!), alerta de ângulo morto e Renault MULTI-SENSE. Este último, que permite uma utilização multi-facetada do veículo, dá a escolher entre três modos distintos de condução.

Sport, para uma condução mais desportiva e com uma resposta do acelerador mais pronta.
Eco, que permite uma melhor gestão do motor em que prevalece os consumos.
MySense, este personalizável ao gosto do condutor, permite uma melhor gestão da relação entre potência, conforto e consumo.

Em todos eles tanto a luz ambiente a bordo como os grafismos do painel de instrumentos digital se adaptam ao modo escolhido.

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Motor versátil mas contido

A equipar esta unidade encontramos o “TCe 100”, o 1.0 l de três cilindros e caixa manual de cinco relações. Contudo, os 100 cv e 170 Nm de binário fazem-se notar sem sentir falta de maior potência, o que em estrada ou ultrapassagens traz alguma segurança e conforto a quem vai ao volante – especialmente em modo Sport.

Por outro lado, a caixa revela alguns pontos menos positivos e que deixam a desejar face ao restante conjunto até aqui apresentado. A necessidade de uma “última relação” para uma desenvoltura em andamentos mais longos e um tato um pouco “rude” e impreciso são os pontos menos positivos do conjunto, mas que ainda assim não deitam por terra todos os positivos que falámos até então.

Mesmo assim, e no resultado final do ensaio, foi possível alcançar um consumo médio de 6,4 l/100 km que, ainda que seja um valor ligeiramente acima do anunciado pela marca, são valores bastante realistas para um uso descontraído do SUV francês.

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Conclusão

O SUV francês regressa nesta segunda geração com motivos mais que suficientes para assegurar uma supremacia no segmento. Maior, mais espaçoso e recheado de tecnologia que lhe permitirá resistir bem ao tempo, são argumentos mais que suficientes para (con)vencer. Com uma panóplia de motorizações disponíveis e para todos os gostos, provavelmente este será o mais vendido.

Ficha Técnica

Cilindrada

999 cm3

Cilindrada

170 Nm

Binário Máximo

100 cv

Potência

Cilindrada

13,3 s

0-100 KM/H

173 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada

6,0 l/100 km

Combinado

6,4 l/100 km

Registado

135 g/km

Emissões CO2

Cilindrada

22 624€

Base

25 592€

Ensaiado


Thumbs UpDesign. Tecnologia. Prestações.

Thumbs DownCaixa curta e pouco precisa. Alguns plásticos.