Renault Captur E-TECH. Ao volante do B-SUV híbrido mais acessível do mercado

O Renault Captur ganhou uma versão Plug-In que combina o motor a gasolina com dois motores elétricos que permitem até 50 km em modo elétrico.

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B-SUV
Renault Captur E-TECH

O Renault Captur tem sido, desde que chegou ao mercado Europeu, um modelo de grande sucesso na gama da Renault, e um dos mais vendidos no segmento B-SUV. Já bem conhecido da nossa equipa, o Captur já foi ensaiado em detalhe pelo Hugo. Ademais, os quilómetros que realizamos deram-lhe um lugar no nosso top dos melhores B-SUV do mercado.

Sistema híbrido é novidade

Todavia, o Renault Captur volta à nossa companhia dado que recebe uma nova versão híbrida Plug-In. Denominada E-TECH, combina um motor 1.6 l atmosférico (com 91 cv e 144 Nm de binário) com dois motores elétricos. O maior debita 67 cv / 205 Nm transferindo potência para as rodas. O mais pequeno oferece 34 cv / 50 Nm e atua como gerador e recuperador de energia. Deste modo, a potência combinada fica-se nos 160 cv, o que permite naturalmente bons andamentos. Entretanto, a gestão do sistema está entregue a uma transmissão multimodo, um parente das transmissões CVT.

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Na prática e com a bateria carregada o sistema funciona muito bem. Analogamente, a suavidade e ausência de ruído são os esperados de uma solução plug-in, e só em auto-estrada detetámos alguns ruídos aerodinâmicos. Contudo, a caixa multimodo revelou-se uma boa surpresa, com um escorregamento diminuto a promover uma progressão fácil. Ainda assim, a regeneração aplicada na travagem não dificulta o doseamento do pedal, o que contribui para a facilidade de condução.

Assim sendo, numa utilização mista entre estrada e cidade conseguimos realizar 47 quilómetros exclusivamente em modo elétrico. A Renault anuncia para este Captur E-TECH 50 km de autonomia com a bateria e, mesmo com esta esgotada, temos uma reserva de carga que garante o arranque em modo elétrico, já que a capacidade de regeneração do sistema híbrido está bem conseguida.

Com três modos de condução disponíveis, a saber, E-SAVE, Pure e Sport, o primeiro permite reservar a carga da bateria para uso posterior e o Pure, escolhido por defeito, gere o sistema em favor da eficiência. Assim sendo, em Sport temos os dois motores a “dar tudo”.

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Focado na economia

As prestações não transformam este Renault Captur num foguete, com 10,1 s nos 0-100 km/h e 173 km/h de velocidade máxima. Todavia estas enquadram-se no tipo de utilização normal para um B-SUV familiar.

Quando a carga elétrica da bateria com 9,8 kWh se esgota, a importante ajuda que o sistema elétrico providencia fica patente e as prestações ressentem-se. Até a transmissão denota algum escorregamento. Com 300 km realizados em todo o tipo de estradas, constatamos que as médias ficam facilmente abaixo dos 5 l, mesmo só com uma carga de bateria. Se for carregado diariamente, os percursos casa/trabalho podem ser facilmente efetuados sem consumo de gasolina.

Naturalmente os 300 kg de peso adicional notam-se no comportamento e na agilidade deste Renault Captur híbrido. Todavia e face à inexistência de qualquer pretensão desportiva, o Captur híbrido plug-in tem um comportamento honesto.

Aparte o sistema motriz, o Renault Captur E-TECH é exatamente igual às restantes versões da gama. Com a bateria no piso da bagageira esta passa a ter entre 275 e 379 litros, dependendo da posição dos bancos traseiros. Estes deslizam sobre calhas mas não evitam uma redução da bagageira superior a 140 litros de capacidade face à versão 100% combustão.

Por dentro, tudo igual

No habitáculo o espaço para os ocupantes é correto, e encontramos duas fichas USB na dianteira e outras duas na traseira. Também nos lugares traseiros existem saídas de climatização. Os materiais são predominantemente duros e alguns ruídos já pontuavam o interior desta unidade.

O painel digital de manómetros, com 10,2″ é de série neste Renault Captur híbrido, e possui boa resolução, ao contrário das opcionais camaras de estacionamento. As ligações Apple Carplay e Android Auto fazem parte do equipamento de série, tal como a iluminação LED. Mesmo assim, é possível especificar um ecrã central de maiores dimensões, como o que está presente nas fotos deste ensaio. Este ecrã concentra o info-entretenimento e apesar de ter evoluído, ainda denota uma resposta mais tardia, face ao que já existe.

Vale a pena dar uso à matemática

Com um preço de 33 840 € na versão Exclusive que ensaiamos, o Renault Captur E-TECH custa mais 7000€ que o equivalente motor 1.3 l turbo. Ainda assim, só o Kia XCeed consegue bater este Captur híbrido na fatura final. É assim o B-SUV híbrido mais acessível do mercado. E se para um cliente particular é necessário dar uso à matemática para justificar a diferença de preço, já no caso das empresas a conversa é outra devido aos incentivos fiscais que detalhamos na nossa lista que inclui todos os automóveis híbridos Plug-In do mercado.

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Conclusão

Com uma solução Plug-in de funcionamento diferente da concorrência, o Renault Captur E TECH garante bons consumos e uma condução suave. Apesar da menor bagageira e do preço elevado, está bem posicionado para beneficiar das compras empresariais.

Ficha Técnica

Cilindrada

1598 cm3

Cilindrada

144 Nm

Binário Máximo

160 cv

Potência

Cilindrada

10,1 s

0-100 KM/H

173 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada

1,5 l/100 km

Combinado

5,1 l/100 km

Registado

33 g/km

Emissões CO2

Cilindrada

33 840€

Base

35 530€

Ensaiado


Thumbs UpSuavidade, Consumos

Thumbs DownBagageira, Preço, Ruído Aerodinâmico