Ao volante do novo Mokka. E tudo a Opel mudou!

O SUV compacto alemão apresenta-se numa nova geração que rompe com o passado, mas que mantém o aspeto robusto e dinâmico que o caracterizam. Eis o novo Mokka.

Opel
SUV
Opel Mokka 1.2 Turbo 130 CV GS Line

Depois de termos dado a conhecer a nova gama Mokka e os seus preços para o mercado português, eis que chega a altura do nosso contacto mais aprofundado com o modelo. Desta feita, coube-me a mim sentar-me ao volante do novo Opel Mokka, com a motorização térmica 1.2 turbo de 130 cv na versão GS Line. Eis o que vale a nova geração do SUV compacto alemão.

O novo Opel Mokka está completamente mudado e quebra de forma integral com a geração anterior. Não só na aparência, ostentando agora uma nova identidade, como também nas suas dimensões. O modelo “emagreceu” ligeiramente, ostentando hoje um formato mais compacto.

Agora com base na plataforma CMP do Grupo PSA (atualmente Stellantis) – e a mesma do Peugeot 2008 – o novo Opel Mokka passa agora a medir 4,15 metros de comprimento (menos 125 mm), mas passa a ter mais 10 mm de largura e 2 mm entre eixos. Embora mais curto, mantém a capacidade da bagageira da anterior geração – 350 litros (ou 1105 litros com os bancos traseiros rebatidos).

Mas não só a plataforma é emprestada pelo “primo” francês. Também as motorizações fazem parte do leque de opções, incluindo a versão elétrica, o Mokka-e. No caso da unidade ensaiada, a escolha recaiu sobre a mais potente – o três cilindros 1.2 turbo de 130 cv e 230 Nm, com recurso a uma transmissão automática de oito relações (EAT8). Mas vamos por partes.

Opel Mokka GS Line 4

Uma nova identidade

A começar pelo exterior. O novo Opel Mokka foi o primeiro modelo a receber a nova assinatura visual “Opel Vizor”, inspirada no Opel Manta de 1970. Na frente, destaca-se o painel vertical plano em tom preto, camuflando o emblema do relâmpago Opel para esta versão, enquanto em ambas as extremidades passam a estar dispostos novos faróis IntelliLux® LED matrix, com função adaptativa e anti encandeamento.

Graças à versão de equipamento GS Line, recebe vestes mais desportivas e ganha detalhes exclusivos, como a pintura bicolor e as jantes de 18″. Em contraste com o branco “Jade”, recai um “manto” preto que engloba o capot e tejadilho, ao passo que os frisos em plástico são também de cor preta. O mote final é feito por uma linha vermelha, contornando a linha do tejadilho e marcada nos apontamentos estéticos interiores.

E tal como na frente, na traseira também há novidades. De aspeto mais retilíneo e musculado, o portão traseiro ostenta um novo lettering, agora espaçado, e que serve de guia para futuros modelos. Seguindo o mesmo desenho da assinatura luminosa na frente, os farolins LED traseiros mantém o mesmo desenho fino e em forma de seta. O aileron e a dupla ponteira de escape são comuns a todas as versões, configurando um aspeto mais desportivo ao novo Mokka.

Renovação no interior

Da mesma forma que no exterior, também o habitáculo deste SUV compacto ganha uma nova expressão com direito à evolução. O cockpit é brindado com um painel digital duplo, que liga o painel de instrumentos ao sistema de info-entretenimento. É aquilo a que a Opel apelidou de “Pure Panel”. A fusão é feita através de um painel virado para o condutor, onde a facilidade de interação é garantida através de um volante multi-funções.

O painel de instrumentos de 12″, embora simples, é possível personalizar através de várias vistas ao gosto do condutor. Ao mesmo tempo, o sistema de info-entretenimento de 10″ apresenta grafismos e interação fáceis de manusear, até mesmo em viagem. Para além disso, a conectividade também não ficou esquecida.

Conforme as últimas tendências, a ligação a plataformas móveis é também possível e auxiliada por uma estação de carregamento sem-fios ou USB convencional. E porque para evoluir não é preciso reinventar a roda, o sistema de climatização é auxiliado por comandos físicos ao invés da “moda digital”.

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Conforto q.b.

O conforto é o que se espera de um SUV compacto, onde o interior é na sua grande maioria forrado a plásticos duros ao toque. Não que seja algo muito criticável, pois acaba por ser o mais razoável e sensato dentro do segmento. Contudo, não existem grandes queixas à qualidade de construção, que se mostra boa e sem ruídos parasitas a notar. Esta é aliás, a melhor evolução que o modelo sofreu.

O destaque nesta versão vai também para os apontamentos em imitação de carbono, e pormenores a vermelho no tablier e bancos. Os acabamentos são também na sua maioria “aborrachados” ou em pele sintética onde é possível chegar.

Já no que toca a conforto e espaço, para quem viaja na frente do Opel Mokka tem sempre espaço de sobra garantido e ainda o banco aquecido. Para quem viaja no banco de trás, pode contar com espaço para a cabeça e pernas, desde que não tenha mais de 1,90m e viaje nas extremidades já que o a altura para o quinto passageiro é mais limitada.

Por culpa da bagageira, o assento traseiro acaba por ser “empurrado”, roubando algum espaço na traseira. E se a ideia for viajar com cadeirinhas de criança, há que contar com uma abertura de porta que pode dificultar ligeiramente a acessibilidade. Tirando isso, apenas de notar que não dispõe de ventilação para os bancos traseiros, mas conta com duas portas USB para carregamento.

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Motor na dose certa

Tal como referi um pouco mais acima, a capacitar este Opel Mokka temos um motor três cilindros 1.2 turbo de 130 cv e 230 Nm. Já a transmissão fica a cargo de uma caixa automática de oito relações (EAT8). Além de ser a opção térmica mais potente da gama, mostra-se a mais versátil e dinâmica. E se há coisa que posso garantir… é que está na dose certa.

Quer seja em modo “Eco” ou “Normal”, pode contar com uma resposta mais branda ao acelerador, com consumos dentro do expectável. Contudo, para os mais apressados ou em ritmos mais acelerados, à distância de um clique está o modo “Desporto”. Como que desbloqueando a máxima potência e dinâmica do Mokka, recebemos uma resposta mais pronta e direta.

Opel Mokka GS Line 174

Mesmo não tendo nascido com foco na performance, a boa dinâmica e prestações da nova geração Mokka deixaram-me com boas impressões que dará boas dores de cabeça aos seus concorrentes. É que se há segmento que continua a dar que falar, é o dos B-SUV.

No final do nosso ensaio ao Opel Mokka, em percursos de estrada e auto-estrada, o computador de bordo anunciou um consumo de 6,5 l/100 km. Contudo, numa utilização mais real (maioritariamente urbano e extra-urbano), poderá esperar consumos a rondar os 7,0 l/100 km.

Contas finais

A nova gama Opel Mokka começa com um preço de 21 400€ para a versão “Edition” com o motor 1.2 turbo de 100 cv e caixa manual. Nesta versão de equipamento GS Line com recurso ao 1.2 turbo de 130 cv e caixa EAT8, o preço ascende aos 28 150€.

Numa outra nota, e para quem ainda não pôs o Diesel de parte, está também disponível o 1.5 turbo de 110 cv e 250 Nm, pela diferença (a menos) de 100€. Contudo, perde a opção de transmissão automática e 20 cv, ao passo que em troca recebe mais 20 Nm de binário. Isso e, obviamente, um menor consumo.

Já para aqueles que já aderiram à mobilidade elétrica, está ainda disponível a versão elétrica Mokka-e, com preços a começar nos 36 400€ para a versão “Edition” de 100 kW. É caso para dizer que “há um Mokka para todos os gostos”.

Conclusão

O novo Opel Mokka rompe com a geração antecedente... e bem! Graças a uma plataforma multi-energias, não só chega com motorizações para todos os gostos, como se apresenta em boa forma para fazer frente a um mercado bastante concorrido. Robusto, jovial e bastante dinâmico, apenas perde no espaço a bordo. Opções não faltam e o novo Opel Mokka surge para "agitar um pouco as águas".

Ficha Técnica

Cilindrada

1199 cm3

Cilindrada

230 Nm

Binário Máximo

130 cv

Potência

Cilindrada

9,1 s

0-100 KM/H

202 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada

5,9 l/100 km

Combinado

6,5 l/100 km

Registado

135 g/km

Emissões CO2

Cilindrada

21 400€

Base

28 150€

Ensaiado


Thumbs UpResposta do motor. Design. Dinâmica.

Thumbs DownEspaço atrás. Alguns plásticos interiores.