Afinal, as notícias da morte da Ford no Velho Continente eram manifestamente exageradas. Em contraste com o fim de gamas como o Fiesta e o Focus, a casa da oval azul anunciou aos seus concessionários na Europa que está a caminho uma nova gama de produtos. A decisão foi do CEO da marca americana, Jim Farley, cada vez mais interessado em ter uma gama entre nós. Depois de pensar o contrário…
A presença da Ford no Velho Continente já foi poderosa e impactante no mercado. Com o braço britânico a funcionar de forma perfeita e a capitalizar sobre a participação na competição, a casa da oval azul era um “major player”.

Porém, nos últimos largos anos, a Ford tem perdido dimensão, expressão e, sobretudo, dinheiro com a sua operação europeia. Dessa maneira, decisões foram tomadas para inverter o ciclo.

Fim da capilaridade da gama, foco no lucro
Com toda a certeza que a decisão mais pragmática foi concentrar esforços na muito rentável divisão de comerciais ligeiros. Para isso foi preciso acabar com várias gamas e versões. O Fiesta foi o primeiro a ser eliminado, lado a lado com os S-Max e Galaxy. Daqui a poucos meses será o fim do Focus.

Gama europeia com “best sellers” e “slow sellers”
Por conseguinte, a gama europeia da Ford declina-se, agora, no Puma, Kuga e Focus e nos elétricos Explorer e Capri. O Puma é um enorme sucesso com mais de 64 mil unidades vendidas nos primeiros cinco meses de 2025. Já o Kuga perdeu algum ímpeto e vendeu 44.573 unidades até junho, ao passo que o Focus está nas 32.499 unidades comercializadas.

Com um volume de vendas mais anónimo estão o Explorer (15.764 unidades vendidas) e o Capri com apenas 5.068 carros vendidos, um caso de “slow seller”.

Desconhecem-se os contornos da nova gama da Ford na Europa, mas os concessionários adoraram a novidade com expressões como “é um enorme alívio! Precisamos de novos modelos e não apenas elétricos”. Palavras de um dos responsáveis pelas associações de concessionários na Alemanha citado pela revista alemã Automobilwoche.