Não será, nunca, o Ferrari dos pobres, pois sendo o mais acessível da gama do “Cavalino Rampante” dificilmente ficará abaixo dos 270 mil euros. Porém, o Ferrari Amalfi é o modelo de acesso à gama da casa de Maranello e coloca-se no lugar do Roma. Modelo que saiu do catálogo da Ferrari deixando a versão Spider que permanece lado a lado com este Amalfi que mudou de nome, mas mantém a essência do anterior modelo.
Sabe o que há de comum entre a Ferrari e a Seat? A escolha de cidades do seu país de origem para dar nomes a determinados modelos! Com toda a certeza que o acesso à gama era feito pelo Ferrari Roma.



A partir de agora deixamos de falar da capital tricolor para lembrar a comuna da província de Salerno na região da Campânia, situada na costa frente à “bota” italiana. Um local belo, património mundial da Unesco que assenta bem ao novo Ferrari.

Ferrari Amalfi com novidades face ao Roma
Não haja equívocos: o Amalfi é uma evolução do Roma e não um modelo novo. Nessa medida, temos novas portas mais esculpidas, mas pouco diferentes, ficando quase tudo na mesma. Dissemos quase tudo… na frente os faróis são unidos por uma faixa negra, desaparecendo a menos feliz grelha da cor da carroçaria.

Dessa maneira, a entrada de ar dianteira foi alargada. Por outro lado, o capô mudou de forma e relevo.Apesar disso, a silhueta do Ferrari Amalfi manteve-se elegante e afinada com o conceito do Grande Turismo (GT).

Interior com mais alterações
Com o intuito de dar uma nova vida ao Amalfi, o interior tem muitas alterações. Em primeiro lugar, porque é inspirado no Ferrari 12Cilindri. Em segundo lugar há um novo painel de instrumentos, desaparece o pequeno ecrã vertical por troca com uma unidade com 10,25 polegadas e sensível ao toque.

Só para exemplificar, os grafismos e o volante são quase iguais aos do 12Cilindri. Maior diferença? A Ferrari ouviu os clientes e recuou na oferta de botões sensíveis ao toque, trocando-os por botões normais.

Por outro lado, o passageiro tem direito a um ecrã de 8,8 polegadas ao passo que passa a existir uma solução de carregamento sem fios na consola central. Atrás não há mexidas, pelo que o Amalfi continua a ser um dois lugares com mais dois espaços que servem para pouco.

Motor V8 biturbo sem hibridização
Por baixo do longo capô encontramos um V8 de 3.8 litros biturbo. Com toda a certeza uma boa notícia depois do 296 GTB ter passado a oferecer um V6. Não há hibridização, mas ainda assim há um aumento de potência face ao anterior modelo. São mais 20 cv que permite exibir 640 cv, tudo alcançado com a ajuda de uma nova gestão da sobrealimentação.
Mas há mais! Só para exemplificar, há novos veios de excêntricos e um bloco do motor redesenhado, permitindo reduzir o peso. Manteve-se a caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades, a mesma do SF90 Stradale.
Por outro lado, a tração é feita às rodas posteriores e conta com ajudas à condução e um diferencial autoblocante. De acordo com a Ferrari, o Almafi chega dos 0-100 km/h em 3,3 segundos e dos 0-200 km/h em 9 segundos, tendo como velocidade máxima uma cifra superior a 320 km/h.

Conforto acima das performances
Com toda a certeza que a Ferrari não desejou para o modelo de entrada na gama um acerto radical como no 296 GTB. O conforto é privilegiado, mas sendo um Ferrari, não podia deixar de ter as performances que relatámos.
Além disso, como referimos, há ajudas à condução como o ABS Evo (que melhora a eficácia da travagem), um sistema de estimativa de aderência e um spoiler traseiro ativo que funciona consoante os dados da aceleração longitudinal e lateral.