Novo Skoda Enyaq: fomos verificar que está ainda melhor!

O novo Skoda Enyaq é uma versão revista e ampliada do modelo 100% elétrico que melhora o que havia a melhorar e deixa pouco para criticar.

O novo Skoda Enyaq não é mais que uma versão revista e melhorada do sucesso de vendas da casa checa. Com toda a certeza, um quarto de milhão de unidades vendidas em cinco anos lançou muita responsabilidade sobre o novo modelo. Desafio aceite e, podemos dizer, desafio superado! O renovado modelo melhora o que havia a melhorar e deixa pouca coisa para criticar. Assim como sucede com a maior parte da gama da casa de Mlada Boleslav…

Ora, o que é que aconteceu aqui? A primeira coisa que salta à vista é a frente do Enyaq. Fora com a enorme grelha, fora com os enormes faróis, fora com o aspeto clássico. No seu lugar passa a estar a face do Elroq (que carro bonito é o Elroq!) e o Enyaq fica alinhado com a linguagem de estilo da Skoda denominada “Modern Solid”. Seja lá o que isso queira dizer… Ah! o resto do carro ficou praticamente na mesma. Ainda bem!

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Qual é a base do novo Skoda Enyaq?

De acordo com as informações da marca, o novo Skoda Enyaq tem a mesma plataforma do Volkswagen ID.4 e Audi Q4 e-tron. Bom… rivais são muitos e bons vindos de oriente, de ocidente e dos Estados Unidos. Leia-se Kia EV6, Hyundai Ioniq, Volvo EX40, Ford Mustang Mach-E, Renault Scenic e Tesla Model Y. Mas concentremo-nos no novo Enyaq que fomos conhecer ali para os lados do Estoril.

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Então quantos modelos há na gama?

Com toda a certeza que a gama é igual à do anterior modelo. Ou seja, temos o Enyaq e o Enyaq Coupe. Depois as versões 60, 85, 85x e vRS. O que quer isto dizer? O primeiro tem uma bateria de 63 kWh, os restantes utilizam uma bateria de 82 kWh, exceto o vRS que tem uma bateria de 84 kWh. Por outro lado, as variantes sem o x no nome utilizam apenas um motor e tração às rodas traseiras. Com o x no nome, passa a ter dois motores e tração às quatro rodas.

De acordo com a ficha técnica, o Enyaq 60 tem 204 cv e 310 Nm, o 85 debita 286 cv (nas versões de um ou dois motores) com 310 Nm, o 85x debita os mesmos 286 cv, mas graças ao motor dianteiro oferece mais binário, 545 Nm. A velocidade máxima é de 160 km/h para o 60 e de 180 km/h para o 85 e 85x. No entanto, a aceleração 0-100 km/h é de 8,1 segundos dos 0-100 km/h para o 60 e de 6,7 segundos para o 85 e para o 85x.

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E então qual é a autonomia e quais os tempos de recarga?

Quanto à autonomia homologada segundo o protocolo WLTP oscila entre os 437 e os 558 km. Entre os 10 e os 80% a bateria de 63 kWh carrega em 24 minutos com uma capacidade máxima de 265 kW. Curiosamente, a bateria de 82 kWh na versão 85 faz o mesmo exercício em 28 minutos, carregando no máximo a 135 kW. Apesar de carregar a 175 kW, o 85x precisa de 28 minutos para ir dos 10 aos 80%.

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E então como é o interior do novo Skoda Enyaq?

Ficou, praticamente, na mesma! O que não é mau de todo, pois o interior do Enyaq é um dos pontos fortes. Em primeiro lugar está desenhado com lógica. Em segundo lugar, os dois ecrãs de 5 (painel de instrumentos) e 13 polegadas rima com o resto do carro e o sistema operativo da VW está a anos-luz do que sucedia há uns anos.

Por outro lado, há mais 9 mm de espaço o que coloca o Enyaq acima do ID,.4 da VW, mas ligeiramente atrás do Kodiaq. Também tem uma bagageira maior. São 585 litros que podem esticar aos 1710 litros com os bancos reclinados. Lá está… mais que num VW ID.4.

Estranho é não haver uma rede por baixo da chapeleira como há no Elroq… Enfim, dizer, também, que os cabos de carregamento ficam escondidos debaixo do piso num compartimento junto à carroçaria… ou seja, não tem de descarregar tudo para chegar aos cabos. Eu disse tudo… se a mala estiver cheia terá de mexer algumas coisas, mas não serão muitas…

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E como é o sistema de infoentretenimento?

Em primeiro lugar dizer que há menos botões sensíveis ao toque o que elimina um fator de ira quando ao volante. E por falar em volante, o do Enyaq tem botões físicos bonitos e funcionais. Só para exemplificar, o som aumenta e baixa rodando com a polpa do dedo um botão rotativo. Simples e eficaz e acabando com o risco de desligar o rádio ou fazer uma chamada quando está a virar o volante! Em segundo lugar, o ecrã de 5 polegadas colocado à nossa frente diz-nos o essencial para a condução. Design limpo e percetível, excelente.

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É verdade que deverá munir-se de paciência porque o sistema demora um pouquinho a arrancar… tal como o computador. Mas é só ao arrancar, porque depois tudo funciona como deve ser. Por outro lado, no topo do ecrã está uma fila de atalhos personalizável que permite rápido acesso a diversas coisas.

Mais fantástico, ainda, é a fila de botões por baixo do ecrã que organiza a climatização, modos de condução, atalho para a climatização, desembaciamento e mais um par de coisas. Menos bom o botão sensível ao toque que aumenta e diminui a temperatura do ar condicionado e o som do sistema de som. Não se atreva a lá apoiar a mão para mexer no ecrã. Pode acabar a suar as estopinhas com a temperatura no máximo e os AC/DC aos berros…

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E, já agora, como é o Enyaq ao volante?

Confortável. É a palavra que me ocorre até porque andámos poucos quilómetros e esta opinião terá de ser educada quando tivermos a oportunidade de fazer mais quilómetros. O acesso é fácil devido ao piso plano e apesar de o banco não deslizar em calhas (ohhh…) há espaço para arrumar as pernas atrás. A posição de condução continua excelente e continuamos a ter lampejos do “Simply Clever” da Skoda: o chapéu de chuva escondido na porta e o raspador de gelo na tampa da mala.

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Como referi, o tempo ao volante foi escasso, mas deu para apreciar várias coisas. Só para ilustrar, o acesso mãos livre é mesmo assim e nem sequer precisamos de nos preocupar com o botão start/stop. A direção tem um peso acertado e ainda tem alguma sensibilidade, enquanto os pedais estão bem calibrados.

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O conforto é excelente, absorve bem as irregularidades, mas não lhe peçam para ter um comportamento desportivo. Não tem e, mais que isso, se a Skoda fosse por esse caminho – para isso lá está o vRS – estragava o Enyaq! Verdade que se sente algum bambolear nas lombas, por exemplo, mas isso deve-se ao peso das baterias. Não é defeito… é feitio!

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E quanto custa em Portugal o novo Skoda Enyaq?

Mais uma agradável surpresa! De acordo com as tabelas disponibilizadas pela Skoda, o Enyaq 60 custa 41.460 euros, a versão base! É bom, não é? E a versão Sportline fica por 45.901 euros.

A varante 85 custa 49.462 (Plus) e 50.962 euros (Sportline), enquanto o 85x Plus custa 52.305 euros e o 95x Sportilne tem um preço de 53.806 euros. O vRS custa 54.905 euros. A gama é a mesma na versão Enyaq Coupe com preços de 44.200 euros para o modelo de entrada na gama, seguindo-se os 48.642 euros do Enyaq Coupe 60 Sportline. As versões 85 custam 52.501€ (Plus) e 53.702€ (Sportline) e as 85x ficam por 55.046€ (Plus) e 55.456€ (Sportline). Finalmente, o novo Skoda Enyaq na versão vRS custa 57.645 euros o Coupé e 54.905 euros a versão normal.