Cresce, mas num ritmo tão lento, que custa a ver a luz no topo do buraco onde a mobilidade elétrica se enfiou. O salto inicial foi promissor, mas a queda tem sido dolorosa. Só para exemplificar, a Fiat recua e o 500 deixa de ser apenas vendido como automóvel 100% elétrico. A base é a mesma, mas passa a ter um sistema híbrido ligeiro adaptado ao mercado.
Verdadeira galinha dos ovos de ouro, o 500 deu à Fiat aquilo que não saboreava há muito tempo. Quando chegou a mobilidade elétrica, o 500 adaptou-se, mas o sucesso foi escasso. Lembramos que Sergio Marchionne até pediu que não comprassem a versão elétrica pois era um poço sem fundo de prejuízo.

Com toda a certeza tudo mudou e em 2020 foi lançado um novo 500, remodelado e 100% elétrico. Giro como sempre, foi um sucesso nos primeiros momentos, os momentos da euforia. Que, rapidamente, deu lugar à desilusão com recuo de vendas devido a uma procura cada vez mais escassa. Era preciso uma reação.

Fiat recua e 500 volta a ter motor térmico
Dessa forma, a Fiat decidiu fazer regressar o motor térmico ao 500. Em contrapartida tinha a possibilidade de voltar tudo atrás ou fazer um novo 500. Felizmente, optou por deixar o modelo atual e aplicar-lhe uma motorização híbrida ligeira.
Como já referimos muitas vezes, a mobilidade elétrica é uma solução, mas dificilmente será a única. Pelo menos nos prazos que os políticos desejam.
De acordo com a Fiat, o 500 híbrido passa a chamar-se Fiat 500 Torino e será fabricado na unidade de produção da Fabbrica Italiana Automobili Torino em… Turim. E com ambição de produzir 100 mil carro por ano desde o final de 2025.

E diferenças entre o 500 e o 500 Torino?
Felizmente são poucas. Só para ilustrar, uma entrada de ar dianteira para a refrigeração do motor térmico, uma entrada de combustível que está no mesmo local da tomada de carregamento e o desaparecimento do nome 500 da tampa da mala. Com toda a certeza será substituído por “Torino”. O escape está escondido por baixo do para choques.

Motor de 3 cilindros com 70 cv
No momento em que a Fiat decidiu fazer marcha-atrás, a escolha óbvia de motorização para o Torino é o motor de 3 cilindros com 1.0 litros e que continua a ser usado no Panda. E por que razão não usam o bloco 1.2 litros? Porque não haveria espaço por baixo do capô. Já no interior nada de novo – pelo menos que seja visível, o que é bom sinal. Ah! e o 500 Torino terá caixa manual. Quando é que chega? Lá mais para o final do ano depois da produção arrancar no último trimestre de 2025.