O projeto Audi na Fórmula 1 continua o seu percurso algo atribulado. Agora, debaixo da supervisão de Mattia Binotto e do responsável de projeto, Jonathan Wheatley, ex-Red Bull. Depois da saída de Andreas Seidl, ex-Porsche e ex-McLaren, e de Oliver Hoffman e da entrada de Binotto, esta é a segunda remodelação que a marca alemã faz ainda antes da entrada em competição em 2026, com a Audi Formula One a perder o CEO.

O projeto Audi Fórmula One continua a gerar notícias e, na maior parte das vezes, por questões laterais à competição. Optando por juntar Andreas Seidl – o homem forte da Porsche que devolveu a marca às vitórias em Le Mans e recuperou a McLaren – a um técnico vindo da Audi Sport, Oliver Hoffman, a Audi juntou dois galos para um só poleiro.

Primeira cisão: Seidl/Hoffman
O segundo foi nomeado CEO da Audi F1 e Seidl escolhido como diretor executivo. Hoffman tinha como missão gerir os três pilares da equipa. Em primeiro lugar investir na Sauber (o que incluiu a compra da equipa). Em segundo lugar desenvolver a unidade de potência para 2026. Finalmente, executar a estratégia da Audi para a sua presença na F1.
Porém, uma mão cheia de meses a trabalhar em conjunto deixaram um rasto de conflito entre os dois. Que atingiu tamanhas proporções que o CEO da Audi, Gernot Dollner foi forçado a mudar (quase) tudo.

Mattia Binotto chegou para comandar a Audi F1
Com toda a certeza que as vinhas de Mattia Binotto ficaram a perder com a entrada do italiano para os dois lugares deixados vagos. O ex-Ferrari ficou com a parte técnica e as operações, enquanto Adam Baker (australiano com cidadania alemã) assumia o cargo de CEO da equipa. Ele que é engenheiro e esteve na Holden antes de entrar na IndyCar como engenheiro de motores. Trabalhou na Cosworth e para os seus clientes da F1, esteve na BMW Motorsport e na BMW Motorsport Motorrad como engenheiro de motores.
Foi o responsável pelo departamento de motores da BMW na competição automóvel – onde esteve na BMW Sauber até ao fim do projeto em 2009 – de onde saiu para liderar a Audi Formula Racing GmbH, responsável pelas unidades de potência. Além disso, como CEO, desenvolveu o conceito técnico, estratégico, operacional e financeiro. Acaba de sair da equipa por mútuo acordo.

Baker sai assume o seu lugar Binotto
Com toda a certeza que esta mudança estratégica deixa Mattia Binotto com plenos poderes numa equipa que vai entrar em competição daqui a menos de um ano. E então, como se organiza, agora, a Audi F1 Project?
De acordo com a Audi, Mattia Binotto passa a ser o responsável máximo da equipa. Nessa medida, o desenvolvimento do chassis e da unidade de potência vão ser supervisionados pelo italiano. Por outro lado, Jonathan Wheatley passa a ser o Team Principal e será o líder da equipa no terreno, leia-se, corridas. Christian Foyer passa a ser o responsável das operações da Audi Formula Racing GmbH.

Recordamos que a Audi Formula One adquiriu a Sauber Holding AG. De acordo com a Audi, a equipa de F1 recebeu forte apoio. Através do investimento do Fundo da Autoridade de Investimento do Qatar que é parceiro do grupo VW.