Dacia GPL é aposta da marca para atingir 70% de quota

A Dacia aposta no GPL, estando isolada nesta ideia de vender automóveis híbridos alimentados a gasolina e a gás de petróleo liquefeito.

A Dacia aposta forte no GPL, estando isolada nesta ideia de vender automóveis híbridos alimentados a gasolina e a gás de petróleo liquefeito (GPL). Uma posição que não estranha, pois, a casa romena do grupo Renault destaca-se por seguir contra a maré. Apesar do GPL continuar a ser visto de esguelha, a verdade é que há pontos positivos. Foi isso que o Escape Livre foi saber nos Dacia Talks.

A Dacia aposta forte no GPL e tem como objetivo vender 70% dos seus veículos com esta tecnologia. Com efeito, a utilização do GPL juntamente com a gasolina faz destes modelos, veículos híbridos. E isto pode fazer toda a diferença em termos de custos. Em primeiro lugar, de aquisição. Em segundo lugar, o preço do GPL. Finalmente, na poupança gerada. Por outro lado, devemos desmontar o mito do perigo da utilização do Gás de Petróleo Liqufeito, nascido nos primórdios da sua utilização. Montagens manhosas, equipamentos inseguros e falhos, forjaram uma imagem negativa que deve ser derrubada. Porque… muita coisa mudou desde esses dias!

Dacia aposta forte

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Dacia aposta forte no GPL… em toda a gama

A Dacia aposta forte no GPL. E podendo não parecer, toda a gama Dacia, com a natural exceção do Spring 100% elétrico, tem uma opção a GPL. Por conseguinte, a casa romena oferece modelos bi-fuel que podem ser considerados híbridos por serem alimentados por duas energias diferentes.

Em contraste com o que acontecia no passado, hoje os modelos Dacia exibem um discreto botão, integrado no tabliê de forma perfeita. Botão esse que faz a alternância entre o GPL e a gasolina. Nesse sentido, todos os Dacia bi-fuel têm um depósito de gasolina com 50 litros de capacidade e um depósito de GPL, perfeitamente seguro, com capacidade entre 40 e 50 litros.

Segundo reclama a Dacia, esta conjugação permite uma autonomia que toca os 1200 km, tal como já tínhamos comprovado ao volante do Dacia Duster GPL que ensaiámos.

Dacia aposta forte

Dacia desenvolveu especificamente o motor para o GPL

Com o propósito de liderar esta aposta no GPL – acabando por ficar sozinha – a Dacia não tomou atalhos. Antes de mais nada, adaptou o bloco de 1.0 litros sobrealimentado. No momento em que carrega no botão para alternar entre GPL e gasolina (e vice-versa) há muitas mais diferenças que apenas o combustível consumido.

Quer isto dizer que a Dacia foi, naturalmente, mais longe que, simplesmente, colocar no tricilindrico um segundo sistema de injeção específico para trabalhar com o GPL. Tome note: o motor Eco-G tem uma eletrónica que altera os parâmetros dos tempos de injeção e do turbocompressor (a pressão máxima). Nesse sentido, o motor ganha 10 cv e 10 Nm quando passa a funcionar com o GPL.

Em suma, ao invés de sentir o carro a perder potência, como era comum suceder, com os sistemas GPL da Dacia, o carro ganha fulgor. Pode parecer pouco, mas com este incremento acaba mais uma queixa sobre o GPL: a perda de potência e dinamismo.

Dacia aposta forte

Qual é, então, a maior vantagem de um Dacia GPL?

Todas as vezes que for ao posto de combustível atestar o depósito de GPL sentirá uma diferença enorme na carteira. Como? Basta fazer as contas. Tomemos como bom o preço de referência de 1,85 euros para cada litro de gasolina. Para atestar o depósito de 50 litros desembolsa 92,50€. Atestar o depósito de 50 litros de GPL vai ficar por 41,50€! Uma vez que o GPL custa 0,85 euros por litro, a poupança é de… 50 euros!

Dessa maneira, duas visitas ao posto de abastecimento para encher o depósito de GPL “oferecem-lhe” um depósito de gasolina. “Ah, mas o carro a GPL consome mais!” É verdade. Porém, mesmo contabilizando esse maior consumo, os seus custos com o combustível vão reduzir-se 40%. Contas feitas pela Dacia e que sublinhamos porque correspondem quase à casa decimal às nossas contas. Mas há mais vantagens. Percebe-se, agora, porque a Dacia aposta forte no GPL.

Equipado com alimentação a GPL, os automóveis reduzem as emissões de CO2 em 10% e o ruído de funcionamento em 50%. Ou seja, consegue ter combustível mais barato, reduz os custos com os combustíveis, ajuda o ambiente com menores emissões e preserva a sua saúde com menor ruído na utilização. Ainda segundo dados fornecidos pela Dacia, os condutores dos modelos da marca romena preferem o GPL entre 79 e 85% do tempo de utilização.

Dacia aposta no GPL e quer vender mais unidades

De conformidade com tudo isto, ninguém pode ficar boquiaberto ao saber que a quota de modelos a GPL nas vendas da Dacia é de 56%. Em primeiro lugar, a Dacia é líder de vendas a particulares. Logo, muito mais sensíveis à poupança. Em segundo lugar, a tecnologia está amadurecida, não cria problemas de fiabilidade ou segurança. Finalmente, com o fim dos estigmas dos autocolantes e da proibição de estacionar em recintos fechados, o chamariz da poupança é muito mais apetecível.

Nesse sentido, a Dacia começa a falar mais do GPL. E tem como ambição chegar uma quota de vendas de 70% de modelos com GPL. Qual é o maior obstáculo? Convencer os utilizadores de modelos a gasolina ou a gasóleo.

Derrubar mitos é essencial

Todas as vezes que se fala de carros alimentados a GPL surgem os mitos que já referimos acima. O primeiro é o perigo de utilização. Há muito tempo que isso não é preocupação. Depois, o custo. Os custos dos sistemas que não são instalados pelos construtores são elevados. Porém, como a Dacia deixa claro, os custos são facilmente mitigados pela poupança.

Segue-se o mito da redução de potência e de performance. Como já exemplificamos, nos Dacia há, até, um aumento de potência.

A capacidade da bagageira não é afetada! O depósito está localizado no espaço da roda suplente e, assim, não há perda de capacidade da bagageira.

A fim de que tenha total paz de espírito, a Dacia certificou os depósitos de GPL através das autoridades que tutelam esta área. Para o fazer sentir em segurança, a marca desenhou no sistema um conjunto de válvulas de segurança na eventualidade de um acidente.

A rede de abastecimento e o abastecimento são um problema?

Com efeito, o abastecimento de um automóvel a GPL é diferente do abastecimento do carro a gasolina. Exige algumas precauções e medidas de segurança que não beliscam a total segurança de um reabastecimento. Pode estar descansado que não há exposição a maiores perigos – desde que cumpridos os procedimentos – que quando atesta o seu carro com gasolina ou gasóleo.

Por outro lado, existem 418 postos de abastecimento – afirma a Galp, parceira da Dacia no que toca ao GPL – o que para o atual parque rolante existente é suficiente. Aliás, a gasolineira portuguesa não quer aumentar a sua rede. Mas há outros operadores que olham para o GPL de outra forma, até porque dados estatísticos dizem que em treze anos o consumo subiu 67%.

Vantagens fiscais há alguma?

Não há nenhuma vantagem fiscal exceto para as empresas. Estas podem deduzir 50% do IVA na aquisição do modelo e 50% do GPL. As maiores vantagens estão, assim, no custo de aquisição do combustível e, também, na manutenção. Com efeito, a Dacia afirma que os custos de manutenção são 30% inferiores, o que para as empresas significa um TCO muito interessante.

Dacia Jogger Hybrid 140 13

Diz o povo que quando a esmola é muita…

Com efeito, parece ser tudo demasiado bom e pouca ser a procura por esta solução. Menos glamourosa que um PHEV ou um elétrico. Diz o povo que “quando a esmola é grande, o pobre desconfia”, mas neste caso as coisas são diferentes. As empresas não estão, culturalmente, inclinadas para sair da zona de conforto. Por outro lado, as resistências motivadas por mitos são difíceis de quebrar.

Mas a realidade diz-nos que o GPL é uma excelente opção face aos tradicionais modelos a gasolina ou a gasóleo. A poupança é grande e a pegada ambiental reduz-se sem perda de desempenho ou agradabilidade de condução. Por isso, a Dacia aposta forte no GPL e quer chegar aos 70% de carros a GPL na sua quota de vendas e subir dos atuais 76% do mercado.

Em Portugal já foram vendidas mais de 15 mil unidades e em toda a Europa são já mais de 15 milhões. E diz a Dacia que quem compra pela primeira vez um carro a GPL, regressa para o substituir por outro a GPL.

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