Kalle Rovanpera dominou Rali da Estónia e está mais perto do título

Kalle Rovanpera dominou o Rali da Estónia com uma exibição de classe, talento e maturidade, não havendo dúvidas que está a caminho do título.

Kalle Rovanpera dominou o Rali da Estónia com uma exibição de classe, talento e maturidade. O mais jovem piloto do WRC a ganhar uma prova do Mundial e a tornar-se campeão do Mundo de Ralis, está a caminho de revalidar o título. Além disso, quando a competição se encaminha para a segunda metade da temporada, tem agora 55 pontos de vantagem no Mundial. Logo após o Rali da Finlândia, termos a pausa de verão e, depois, o regresso ao Chile e a estreia do Rali Centro da Europa, fechando a época 2023 com o Rali do Japão. Onde a Toyota espera ter os campeonatos decididos e conquistar a vitória caseira que lhe escapa.

Kalle Rovanpera dominou a seu belo prazer o Rali da Estonia. De fato, as 15 vitórias em 21 troços disputados, 13 dos quais de forma consecutiva, deixando o segundo classificado a quase um minuto tendo estado a abrir a estrada no primeiro dia, contam a história. O jovem finlandês igualou Dani Sordo quando este venceu todos os troços de uma etapa no Rali da Catalunha e batendo o recorde de Sebastien Loeb ao vencer 13 troços consecutivos.

Kalle Rovanpera dominou

Kalle Rovanpera dominou e Tanak penalizou

Com efeito, a prova começou com o pé esquerdo para Ott Tanak. O herói local partiu o motor do Ford Puma no “Shakedown” e a M-Sport teve de mudar o motor. Em virtude disso, cinco minutos de penalização atiraram Tanak para fora da luta pela vitória.

Com o intuito de provar a sua rapidez, o piloto da equipa liderada por Richard Millener deixou claro que poderia lutar pela vitória e ganhou os primeiros troços do rali. Rovanpera abria a estrada e deixou que Tanak deixasse claro que sem a penalização, estaria a lutar pelo pódio.

Acima de tudo, provado esse ponto, Tanak começou a poupar o Puma e a perder gás e Rovanpera, aproveitando pisos um pouco mais húmidos, elevou o andamento e pegou na prova pelo colarinho a partir da sexta classificativa.

Kalle Rovanpera dominou

Entretanto, Thierry Neuville rejuvenescia com a afinação diferenciada do Hyundai i20N Rally 1 e exibiu um andamento nunca visto numa rali de alta velocidade. Com Tanak afundado na classificação e Rovanpera a tentar ultrapassar a dificuldade de limpar estrada, Neuville assenhorou-se da liderança da prova, deixando todos boquiabertos.

Antes de mais nada, o campeão do mundo em título promoveu alterações ao seu Toyota GR Yaris Rally1 e atirou-se ao primeiro lugar onde aterrou antes do final do primeiro dia com uma diferença de 3 segundos para Neuville. Tanak já estava à porta do Top 10!

Kalle Rovanpera dominou

E Kalle Rovanpera não deu chances a ninguém

As manhãs não costumam ser boas conselheiras para Rovanpera. Mas com um carro excelente e o talento que deus lhe deu para controlar um automóvel a voar em terra por entre arvores a mais de 190 km/h, o finlandês arrasou.

Em primeiro lugar, ganhou todos os troços da segunda etapa, igualando o feito de Dani Sordo no Rali da Catalunha. Nessa altura, o espanhol ganhou os quatro troços da última etapa da prova espanhola de 2021.

Em segundo lugar, o finlandês terá feito a sua melhor exibição de sempre. Mas, sempre, com um sorriso e exibindo um conforto absolutamente incrível. Sob o mesmo ponto de vista, Rovanpera terminou os 21 troços da prova báltica com uma média de 115,5 km/h.

Finalmente, Kalle Rovanpera não deixou nada ganhando todos os troços até final da prova, incluindo a “PowerStage”. Conquistou, dessa forma, o máximo de pontos para o campeonato.

Thierry Neuville um surpreendente segundo

O belga da Hyundai materializou num excelente resultado o seu andamento. Foi segundo classificado e na “PowerStage” fez ronha. De facto, o piloto da Hyundai não quis atacar os cinco pontos de bónus para que na Finlândia vá para a estrada em terceiro lugar. Situação que no primeiro dia lhe dará vantagem.

O pódio ficou fechado com Esapekka Lappi. No momento em que passou por Elfyn Evans, o finlandês não voltou a sair do pódio. O galês, por seu turno, não teve argumentos para desalojar Lappi do terceiro lugar. O único momento mais complico foi quando Evans ficou a sete décimos e Esapekka teve de forçar o ritmo e ficou “perigosamente” perto de Neuville. Esapekka Lappi teve de dosear o andamento para fugir a Evans sem tocar no colega de equipa belga. Esteve, simplesmente, excelente!

Nessa medida, Elfyn Evans foi um quarto classificado incapaz de igualar o andamento de Rovanpera, seguindo-se uma das novidades da prova, Teemu Suninen. O piloto finlandês estreou-se com o Hyundai i20 N Rally1 e fez uma prova segura, batendo, facilmente, Pierre Louis Loubet (Ford) e Takamoto Katsuta (Toyota).

Com o propósito de não dar margem de manobra a Richard Millener e oferecer a Tanak o sétimo lugar (o estónio ficou em oitavo), Loubet encheu-se de brios e roubou o sexto lugar perdido para Katsuta no derradeiro troço da prova. Enfim, Kalle Rovanpera dominou o Rali da Estónia e está mais perto do título.

Kalle Rovanpera dominou

Andreas Mikkelsen vence WRC2

O piloto norueguês ganhou novo fôlego com a saída de Emil Lindholm da Skoda Motorsport. De facto, o jovem finlandês foi contratado pela Hyundai e já esteve presente na Estonia com o i20 N Rally2. Acabou no degrau mais baixo do pódio.

Diziamos que Mikkelsen passou a ser um candidato ao título com a garantia de fazer mais ralis esta temporada. Nesse sentido, terminar com uma vitória era essencial. Antes de tudo, se bem o pensou, melhor o executou. Deixou Oliver Solberg fazer das suas – andou sempre a fundo e o Skoda não aguentou – e suportou o ataque de Sami Pajari, outro jovem finlandês que, dizem, estará em 2024 ao volante do Toyota GR Yaris Rally2.

Ou seja, tivemos luta pelo primeiro lugar, mas sempre com Mikkelsen no controlo da prova. Nesse sentido, o ausente Yohan Rossel continua a liderar a classificação com duas vitórias e quatro ralis já efetuados, seguido de Andreas Mikkelsen com três provas e duas vitórias e Oliver Solberg que tem cinco ralis já disputados e apenas um vitória e dois abandonos. Gus Greensmith só tem três ralis disputado e duas vitórias, mas contabiliza um sexto lugar que o prejudica nas contas.

Classificação final

  1. Kalle Rovanpera/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1), 2h36m03,1s (media de 115,5 km7h);
  2. Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1), a 52,7s;
  3. Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1), a 59,5s;
  4. Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1), a 1m06,8s;
  5. Teemu Suninen/Mikko Markkula (Hyundai i20 N Rally1), a 2m21,1s;
  6. Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1), a 3m09,9s;
  7. Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), a 3m10,2s;
  8. Ott Tanak/Martin Jarveoja (Hyundai i20 N Rally1), a 6m25,6s;
  9. Andreas Mikkelsen/Torstein Eriksen (Skoda Fabia RS Rally2), a 9m54,1s (1º WRC2);
  10. Sami Pajari/Enni Malkonen (Skoda Fabia RS Rally 2), a 10m03,8s (…)
  11. Roope Korhonen/Ansi Viinika (Ford Fiesta Rally3), a 21m13,1s (1º WRC3); classificados 44 pilotos

Mundial de Pilotos

  1. Kalle Rovanpera, 170 pontos;
  2. Elfyn Evans, 115 pts;
  3. Thierry Neuville, 112 pts;
  4. Ott Tanak, 104 pts;
  5. Sebastien Ogier, 98 pts; classificados 23 pilotos

Mundial de Pilotos WRC2

  1. Yohan Rossel, 77 pontos;
  2. Andreas Mikkelsen, 69 pts;
  3. Oliver Solberg, 64 pts;
  4. Gus Greensmith, 62 pts;
  5. Emil Lindholm, 59 pts; classificados 37 pilotos

Mundial de Pilotos WRC3

  1. Roope Korhonen, 100 pontos;
  2. Diego Dominguez, 62 pts;
  3. Williams Creighton, 47 pts; classificados 16 pilotos

Mundial Junior WRC

  1. William Creighton, 96 pontos;
  2. Laurent Pellier, 67 pts;
  3. Diego Dominguez, 64 pts; classificados 9 pilotos

Mundial de Construtores

  • Toyota Gazoo Racing World Rally Team, 331 pontos;
  • Hyundai Shell Mobis World Rally Team, 274 pts;
  • M-Sport Ford World Rally Team, 195 pts