Já conduzimos o pequeno “super-herói” da Jeep, o Avenger!

A Jeep tem um novo super-herói. É o Avenger, o primeiro Jeep elétrico a chegar ao mercado. Já o fomos conduzir em estrada, e fora dela!

Tem nome de super-herói, e não é para menos já que foi o primeiro Jeep a receber o galardão de “Car Of The Year! Para além disso, ainda antes de qualquer cliente o poder ver ao vivo, esgotou as 250 unidades da edição da lançamento. Depois disso e até ao momento já existem mais 100 encomendas fechadas. Este Jeep elétrico já é, de facto, um super-herói! As entregas do Jeep Avenger começam na segunda metade do próximo mês de junho. Apensar disso, nós já o conduzimos em Portugal.

O Jeep Avenger foi concebido na Europa e a pensar no mercado Europeu. É um automóvel prático, ágil e robusto para a cidade, e com capacidades interessantes para fora de estrada! Embora seja o mais pequeno modelo Jeep, mantém-se como um automóvel de desejo, tal como acontece com os maiores modelos da marca americana, o Jeep Wrangler por exemplo…

Pequeno, mas espaçoso!

Este é o primeiro Jeep 100% elétrico, e também o mais pequeno com 4,08 metros de comprimento. Ainda assim, apresenta-se como um B-SUV compacto com dimensões exteriores contidas, mas muito espaço interior. A marca promete ainda muita tecnologia, e boas capacidades, tanto na cidade, como em fora de estrada, não se afastando do ADN da marca. Aliás o Avenger é facilmente identificado como fazendo parte da família Jeep, desde logo porque se mantém as sete barras verticais na grelha frontal, mas não só…

Exteriormente as linhas agradam, e a aposta da marca na personalização também garante que cada cliente pode ter um Jeep Avenger à sua medida. Diz a marca que com este novo modelo está a conquistar clientes mais jovens, independentemente do género. Prova disso são os prémios que já recebeu. O Jeep elétrico foi eleito “Car of the Year 2023“  e “Best Family SUV“ no âmbito dos prémios “Women’s World Car of the Year 2023”, entre outros.

Boas capacidades fora de estrada!

Para além disso, o Avenger é o primeiro modelo Jeep com tração dianteira equipado de série com as tecnologias Select-Terrain® e Hill Descent Control, o que, juntamente com a generosa distância ao solo de 200 mm, os 20 graus de ângulo de entrada e 32 graus de ângulo de saída, fazem dele um veículo com capacidade inesperada para o segmento. Ao mesmo tempo asseguram uma maior resistência aos contratempos do quotidiano como toques em cidade, subidas e descidas de passeios, rampas íngremes, entre vários outros com os quais nos confrontamos diariamente.

Claro que um pouco por todo o lado encontramos os típicos “easter eggs” da Jeep, tal como aconteceu com o Jeep Renegade. Pequenos detalhes aqui e ali, que recordam as origens e o ADN da marca. No interior estes também são evidentes, mas o principal destaque vai para a tecnologia e o espaço a bordo. No primeiro capítulo temos um ecrã de 10,25 polegadas para o sistema de info-entretenimento, e um painel de instrumentos digital que pode ter 7 ou 10,25 polegadas. Existem botões físicos para as funções mais importantes, nomeadamente a climatização, e temos uma App para controlar e monitorizar a maior parte das funções e vários sistemas de ajuda à condução, incluindo uma câmara traseira com vista tipo drone.

Ao nível dos sistemas de ajuda à condução, o Jeep Avenger está muito bem apetrechado. Contamos com condução autónoma de nível 2 com monitorização do ângulo morto, travagem autónoma de emergência, a assistente de estacionamento.

Espaço interior líder no segmento

Já em termos de espaço e armazenamento interior os diversos compartimentos reúnem 34 litros de capacidade. Na bagageira contamos com 355 litros de capacidade e uma boa abertura com um portão elétrico nas versões mais equipadas. De facto o aproveitamento da plataforma e-CMP2 da Stellantis foi muito bem conseguida. O que menos agrada no interior são alguns materiais utilizados, maioritariamente de plástico duro e “barato”. Ainda assim a montagem revelou bons padrões já que mesmo em pau piso sente-se robustez no habitáculo.

Curiosidade

Em Portugal a Jeep não vai comercializar o Avenger na sua versão menos equipada, nem sem ser elétrico. Em alguns outros mercados estará disponível numa versão a gasolina.

Jeep Avenger interior 2

Jeep elétrico para a cidade, e não só…

No que diz respeito à condução, e ainda que este primeiro contacto tenha sido breve, deu para o Jeep Avenger evidenciar vários atributos. Para além de uma montagem robusta, e apesar da elevada altura ao solo, a posição de condução é baixa, o que me agradou particularmente. Os comandos são simples e intuitivos e os consumos revelaram-se bastante comedidos.

É também notório o aumento de 20% de força de amortecimento na suspensão, atribuindo um comportamento muito estável ao Avenger. Estável, seguro, mas até divertido. Só não é mais porque a entrega de potência é demasiado progressiva. Ao serviço do pé direito estão 156 cv de potência alimentados por uma bateria de 54 kWh (51 kWh úteis) que é capaz de percorrer mais de 400 km com uma carga.

400 km de autonomia e consumos comedidos!

Na realidade parece-nos de facto possível, mas para alcançar os anunciados 550 km em cidade, a média já teria que ser inferior a 10 kWh/100 km, o que me parece uma utopia. 14,9 kWh/100 km foi a média com que terminei um dia de ensaio. Além disso, a bomba de calor, oferecida de série, também é útil uma vez que aumenta a autonomia até 10% em condições extremas de calor ou frio. O reduzido peso para um automóvel elétrico (1500 kg) e o fundo totalmente plano, também ajudam na aerodinâmica deste Jeep Avenger.

Para regeneração temos apenas disponível o típico modo “B” que dá alguma ajuda, embora seja bastante suave. Não existe um modo de condução com um pedal. O que existe sim são três modos de condução, Eco, Normal e Sport, e que alteram essencialmente a resposta do motor.

As velocidades de carregamento também se encontram dentro da média, ou seja, 11 kW para carregamento doméstico (AC) e 100 kW para carregamentos rápidos (DC). Isto significa que na velocidade máxima em AC carregamos a bateria em menos de cinco horas. Numa tomada doméstica convencional (2,1 kW) o mesmo exercício leva quase 24 horas, mas naturalmente que é pouco provável que vá chegar a casa completamente sem bateria. O carregamento rápido permite recarregar energia para percorrer 30 km em 3 minutos e ir de 20 a 80% da carga da bateria em 24 minutos.

O Jeep Avenger fará a sua estreia no mercado nacional durante o próximo mês de junho, mas o modelo já pode ser encomendado a partir de 39 700€.

  • Jeep Avenger Longitude – 39 700€
  • Jeep Avenger Altitude – 41 700€
  • Jeep Avenger Summit – 43 700€