União Europeia adiou votação final sobre o fim dos motores a combustão

União Europeia adiou votação final sobre o fim dos motores de combustão interna que se deveria realizar hoje dia 7 de março.

A União Europeia adiou votação final sobre o fim dos motores de combustão interna que se deveria realizar hoje. Tudo porque os italianos convenceram os alemães que o fim dos motores de combustão iria trazer grandes consequências sociais. Juntaram-se a esta sensação os anúncios de vários construtores sobre redução de efetivos – apontando a menor necessidade de mão de obra para fazer carros elétricos – para a Alemanha arrepiar caminho, dar o dito por não dito e ameaçar abster-se na votação, o que atiraria ao chão o regulamento já ratificado.

Tal como disse Mark Twain, as notícias sobre a morte dos motores de combustão parece que foram, manifestamente, exageradas.

Olaf Scholz Ursula von der Leyen
German Chancellor Olaf Scholz and European Commission President Ursula von der Leyen leave after addressing the media following a closed German cabinet meeting at the government’s guest house in Schloss Meseberg, near Gransee, Germany, March 5, 2023. REUTERS/Fabrizio Bensch

A União Europeia adiou a votação final sobre o fim dos motores de combustão interna que deveria ter sido realizada hoje dia 7 de março. A Comissão Europeia e a Suécia, nesta altura com a presidência rotativa da União Europeia, estão a tentar reagendar essa votação. Porém, os sinais que chegam da Alemanha e de outros países dizem que não estará para breve a ratificação do regulamento europeu que coloca um fim nos motores de combustão interna.

União Europeia adiou votação final pressionada pela Alemanha

Tudo porque a Alemanha, convencida pelos italianos e pelos progressos feitos, entretanto, por alguns construtores e empresas do meio petrolífero nos combustíveis sintéticos (agora denominados e-fuels)travou a fundo e inverteu o sentido de voto, ameaçando abster-se na votação final. Isso levaria ao fim do regulamento.

De um lado está a Alemanha que, pelas palavras do seu Chanceler, Olaf Scholz, deixou claro que o seu país não está disposto a abandonar as negociações para a extensão da vida dos motores de combustão para lá de 2035 com a utilização dos e-Fuels. O alemão já veio dizer, também, que as conversações têm sido construtivas.

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Do outro lado está a Comissão Europeia, com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, a dizer que “estamos num diálogo construtivo. Damos todo o apoio à abertura tecnológica, mas ela deve estar de acordo com o nosso objetivo de mudança climática.”

Acrescentou, ainda, que as conversas têm sido “boas e construtivas”. Ou seja, a pressão é forte e como referimos no início, as notícias sobre a morte dos motores de combustão interna podem ter sido, manifestamente, exageradas.

Enfim, mais um episódio na novela “o fim dos motores a combustão”.