Já conduzimos o Dacia Jogger híbrido. Será a melhor opção?

A Dacia escolheu o nosso país para a apresentação internacional do seu primeiro híbrido. Estivemos lá e conduzimos o novo Dacia Jogger hybrid.

O Dacia Jogger é o mais recente best-seller da marca romena do Grupo Renault. Uma espécie de crossover/station wagon, com sete verdadeiros lugares, e muito espaço para viagens em família. Até ao momento o Jogger já registou mais de 94 000 encomendas(!), um feito notável! Para reforçar o sucesso, agora chega o Dacia Jogger hybrid!

E se até ao momento o Dacia Jogger estava disponível com duas motorizações, uma TCe e outra ECO-G a GPL, ambas com caixa de velocidades manual, agora surge uma nova, inédita, e bem recebida versão híbrida. Para além de consumos invejáveis, mesmo face às restantes versões também elas económicas, o novo Dacia Jogger híbrido conta com outra grande mais valia, uma caixa automática! A caixa automática multimodo sem embraiagem é mesmo a única opção deste novo Jogger no que a transmissão diz respeito.

Dacia Jogger. O sete lugares diferente de todos os outros!

O Dacia Jogger é mais um tiro certeiro da marca romena. À semelhança de outros Dacia, também este novo sete lugares se destaca dos restantes.

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A marca identifica-o como um dos mais acessíveis e versáteis automóveis familiares de 7 lugares do mercado. E, quando o faz, acreditem que não está a exagerar. Comecemos exatamente por aí. Mesmo nesta versão híbrida, dispomos de sete lugares. Porém, os dois bancos da última fila podem, facilmente, ser retirados quando não são precisos. Para além disso, o volume da bagageira não é afetado pela bateria, que foi alojada no lugar da roda sobresselente, ou do depósito de GPL para a versão ECO-G. Ou seja, são 708 litros na versão de cinco lugares e 160 a 595 litros na de 7 lugares, consoante a posição da segunda fila de bancos que possui ajuste longitudinal. Já a sua capacidade de carga máxima atinge os 1819 litros.

Se espaço não falta, equipamento também não. Temos ao dispor um sistema de info-entretenimento capaz e completo, um painel de instrumentos parcialmente digital que abandona os ponteiros analógicos, uma climatização automática com comandos independentes e muito simples de utilizar, cruise control com limitador de velocidade, fichas USB e, na versão ensaiada, não faltavam sequer os bancos aquecidos. Isto para além do acesso e arranque sem chave. A principal diferença é nos materiais utilizados, sem qualquer refinamento, mas a revelarem boa montagem.

O primeiro Dacia híbrido!

Contudo, a principal novidade desde Dacia jogger é o sistema híbrido. Conta com um motor 1.6 l atmosférico e dois motores elétricos, um de 36 kW (49cv) e outro que faz de motor de arranque/gerador, a referida caixa automática multimodo sem embraiagem com quatro relações físicas, e uma bateria de 1,2 kWh. No total temos 140 cv de potência.

O sistema permite funcionar em modo totalmente elétrico, não apenas no arranque, como até 80% do tempo, o que diz a marca resulta numa poupança de combustível de 40%.

Na prática, e numa utilização normal e despreocupada tudo funciona de forma eficaz, resultando efetivamente em consumos reduzidos entre os 4 e os 5 l/100 km com passagens de caixa maioritariamente suaves. Nos primeiros 130 km dos cerca de 200 totais, a média ficou-se pelos 4,2 l/100 km. Já no final, e após um troço de auto-estrada onde foi possível constatar uma boa insonorização, os valores fixaram-se nos 4,8 l/100 km.

Ao volante do Dacia Jogger híbrido

Porém, em algumas ocasiões que obrigaram a uma redução, verificou-se um comportamento um pouco mais intempestivo do que seria de esperar. Por outro lado, não falta força para bons andamentos, sendo este Dacia Jogger híbrido o mais potente da gama.

Verificamos ainda que a bateria se mantém sempre com níveis de carga bastante interessantes, e o modo B é bastante útil e eficaz na regeneração. Foi o que constatámos a descer a Serra da Arrábida. Outra hipótese para garantir uma maior economia é a utilização do modo ECO, ainda que o modelo fique menos reativo ao pé direito.

Quanto ao comportamento e conforto, nada a apontar para um automóvel deste segmento e que se propõe a uma utilização essencialmente familiar. Tem boa visibilidade para o exterior o que ajuda em ambiente urbano. A versatilidade do modelo não só lhe permite encarar todos os desafios no interior, como aventurar-se um pouco até para lá do asfalto, onde não fomos, desta vez…

Preço e disponibilidade

O novo Dacia Jogger híbrido já está disponível para encomendas, chegando ao mercado nacional a partir do próximo mês de junho. A única versão disponível, SL Extreme de sete lugares, tem um preço de 28 800€, que já tínhamos anunciado aqui quando o demos a conhecer.

Se o Dacia jogger já era um modelo de sucesso, com mais de 94 mil encomendas concretizadas, esta nova versão híbrida só irá reforçar ainda mais essa posição e, não fosse a fiscalidade absurda do nosso país, esta passaria a ser facilmente a versão mais vendida da gama.

Contudo, custa quase mais sete mil euros face à versão 1.0 TCe com maior número de emissões poluentes, dada a superior cilindrada do motor. E como uma imagem vale mais que 1000 palavras, fiquem com esta tabela:

VersãoCilindradaEmissões CO2ISVPVP
Extreme TCe 110 7 lugares999 cm3129 g/km288€21 850€
Extreme ECO-G 100 (GPL) 7 lugares999 cm3120 g/km331€21 450€
Extreme HYBRID 140 7 lugares1598 cm3110 g/km2639€28 850€
Ou seja, o motor menos poluente paga mais imposto já que este está apenas indexado à cilindrada e não às emissões.

Posto isto, e apesar da diferença ainda significativa, referir que em cidade o Dacia Jogger Hybrid faz consumos bem inferiores visto conseguir circular maioritariamente em modo elétrico. Para além disso, a caixa automática multimodo é um conforto acrescido na utilização diária. Se justifica a diferença? Bom, neste caso é muito mais que apenas fazer as contas.