Coro de protesto contra o Euro7 aumenta de tom

O coro de protesto contra o Euro7 aumenta de tom e são cada vez mais os países que se juntam para encontrar limites realísticos.

O coro de protesto contra o Euro7 continua a aumentar de tom e são cada vez mais os países que se juntam para encontrar limites realísticos para as emissões. Portugal está neste grupo de países que se vai alargando na busca de novos limites que possam construir uma proposta alternativa e credível à ideia da Comissão Europeia, considerada demasiado restritiva e pouco realista.

O coro de protesto contra o Euro7 continua a reunir países em redor de uma mesa para discutir limites mais realistas. Ministros dos Transportes de Alemanha, Itália, República Checa, Polónia, Roménia, Hungria e Eslováquia estiveram reunidos para encontrar forma de propor mudanças na norma Euro7.

emissoesco2

Benefícios vs custos

Esta nova norma, cujas negociações, arrancaram este ano, vai estreitar, ainda mais, os limites de emissões poluentes, incluindo o CO2 e o NOx. E para justificar as draconianas reduções, a União Europeia diz que os benefícios para a saúde ultrapassam os custos.

Naturalmente que alguns países entendem o contrário e a República Checa, por exemplo, é frontalmente contra uma norma que vai sobrecarregar uma indústria que, naquele país, é fundamental.

O Ministro dos Transportes da República Checa, Martin Kupka, deixou claro. “O nosso esforço é, em relação ao Euro7, tornar a norma mais realista para que possa ser cumprida. Se levarmos a sério a tentativa de levar a Europa a uma maior neutralidade carbónica, isso só será possível com medidas tecnologicamente realistas.”

A proposta deste grupo de países é um período de quatro anos para a norma entrar em vigor. A estes juntam-se algumas mudanças técnicas para permitir que a indústria se adapte.

À margem desta discussão, continua a pressão para que a proibição dos motores de combustão interna em 2035 na União Europeia seja revista. A redução para zero das emissões de CO2 levaria a essa situação e diversos países, com a Alemanha à cabeça, conseguiram adiar a votação final do projeto, que não tem data marcada procurando perceber se a proposta de manter os motores de combustão interna alimentados por combustíveis sintéticos (e-Fuels) ou por hidrogénio líquido será, ou não aceite.