Volkswagen diz NÃO ao hidrogénio!

A Volkswagen diz não ao hidrogénio, atentas as palavras de Thomas Schäfer, o CEO da marca de Wolfsburg, numa entrevista.

A Volkswagen diz não ao hidrogénio, atentas as palavras de Thomas Schäfer, o CEO da marca de Wolfsburg, numa entrevista á publicação espanhola Autobild.es. Para o responsável da marca alemã, o hidrogénio não faz sentido, pelo menos, nos veículos de passageiros. Schäfer admite que possa ser interessante para veículos comerciais, mas para a Volkswagen o caminho será, certamente diferente.

Volkswagen diz não ao hidrogénio!

Volkswagen diz “não ao hidrogénio”

Thomas Schäfer não acredita no hidrogénio e em declarações a uma publicação espanhola presente no CES 2023 (Consumer Eletronics Show) de Las Vegas, deixou claro que a VW diz não ao hidrogénio.

“O hidrogénio não é para nós” disse Schäfer. “Não! O hidrogénio é pura física e é demasiado caro. Não é competitivo, especialmente para veículos de passageiros, pois os depósitos iriam roubar espaço ao habitáculo. Talvez sirva para comerciais, mas não para carros de passageiros. Portanto, não vejo que isso possa acontecer na próxima década. Não na Volkswagen!”

Numa altura em que a indústria está cercada pela “obrigatoriedade” de ter veículos 100% elétricos, com condução autónoma e altamente conectados, continuam a existir uns modernos “gauleses” que continuam a defender o hidrogénio contra a ditadura “romana” dos elétricos a bateria.

Os modernos Asterix e Obelix assumem a forma de marcas como a BMW, Toyota, Hyundai e não se importam com aquilo que é a tendência atual. Por outro lado, não seria expectável a Volkswagen ter outra posição.

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Brutal investimento nos elétricos a bateria apaga hidrogénio

O brutal investimento feito, até agora, na mobilidade elétrica com alimentação por baterias, impede a VW de buscar alternativas como o hidrogénio.

Esta não é a primeira vez que a VW descarta o hidrogénio. Mathias Rabe, o patrão da engenharia da marca Volkswagen tinha referido em 2020 que a tecnologia do hidrogénio “não é para a VW.” Curiosamente, as opiniões dentro da marca nem sempre foram estas e dentro do grupo havia mesmo caminhos opostos.

Recordamos que em 2014 a Volkswagen apresentou o Passat HyMotion e o Golf Estate HyMotion, protótipos de modelos alimentados por pilha de combustível a hidrogénio e que tinham planos para entrar em produção.

Ambos tinham um motor elétrico com 134 cv e um pacote de baterias de iões de lítio, com depósitos de hidrogénio feito numa fibra de carbono especialmente desenvolvida para o efeito.

Por seu turno, a Audi tem sido uma das marcas que tem trabalho arduamente no hidrogénio e lançou vários protótipos. Porém, em 2021, alinhando-se com a política do grupo VW, conclui, publicamente, que o hidrogénio não tem futuro.

Veremos quem tem razão e quem fez a aposta no cavalo certo. Se os irredutíveis “gauleses” da BMW, Toyota, Hyundai e outros, se os “romanos”. A poção mágica dirá, “por Toutatis”!