McLaren vendeu carros históricos para pagar alterações no novo supercarro

A McLaren vendeu alguns dos seus modelos históricos para reunir dinheiro suficiente para promover algumas melhorias no seu supercarro, o Artura.

A McLaren vendeu alguns dos seus modelos históricos para reunir dinheiro suficiente para promover algumas melhorias no seu supercarro, o Artura. Foi oi maior acionista da McLaren, o fundo soberano do Bahrain, quem comprou a coleção de modelos históricos e financiou com 117,5 milhões de euros as necessárias alterações ao Artura.

A McLaren vendeu alguns dos carros históricos da sua coleção ao Fundo de Saúde Soberano Mumtalakat Holding do Bahrain em troca de 117,5 milhões de euros. Dinheiro que vai ser utilizado para financiar as alterações que a equipa de engenharia da McLaren sentiu necessidade de fazer ao supercarro da casa de Woking, o Artura.

McLaren Artura 3

Tudo isto foi espoletado por algumas dificuldades técnicas que a McLaren encontrou no supercarro híbrido Plug-In Artura e que levaram a um atraso nas entregas aos clientes.

McLaren vendeu carros históricos

Foi a própria McLaren a confirmar a venda de alguns modelos da sua coleção de carros históricos ao fundo Mumtalakat, proprietário de 60% do capital da McLaren. Esta venda incluiu 54 chassis de Fórmula 1 e versões do famoso McLaren F1. 

Esta situação, segundo o relatório e contas da McLaren, é algo a marca faz de tempos a tempos para financiar as suas atividades. 

Porém, fica evidente que esta venda “dentro de casa” é, apenas, um paliativo. E, por isso mesmo, a McLaren anunciou que “estamos em conversações com os acionistas para recapitalizar o grupo.”

Para já, este dinheiro serve para dar ao Artura as alterações necessárias para ultrapassar as dificuldades que impediram o carro de começar a ser entregue.

McLaren Artura 2

Por outro lado, a McLaren procura outros investidores ou parceiros, pois nas contas dos últimos nove meses de 2022, o prejuízo era de 236 milhões de euros (203 milhões de libras) e a liquidez rondava os 101 milhões de euros.

Números que comparam com os quase 200 milhões de euros de 2021 e com os 80 milhões de euros de prejuízo no ano passado. Levantam também algumas preocupações pois há apenas alguns meses, alguns acionistas – entre eles o Fundo Público de Investimento da Arábia Saudita e a Ares Management Corporation – entregaram à McLaren nada menos que 145,8 milhões de euros.