Saímos da Guarda em direção à Covilhã. Tudo para ir fazer os últimos 20 quilómetros daquela que é também a etapa rainha da Volta a Portugal em Bicicleta, a subida até à Torre. Assim, começamos nos 450m de altitude e subimos até aos 1993m na Torre. Ora, contas feitas, são 1543m sempre a subir!
Claro que o traçado sinuoso da estrada de montanha torna esta subida muito divertida de fazer, sobretudo com andamentos mais atrevidos. Mas desta vez, o desafio é a inclinação, e não a velocidade.
Saímos da Guarda com 96% de bateria. Depois de percorridos os primeiros 52 km, chegámos à Covilhã, com média de 14,7 kWh/100 km. Estava tudo pronto para começar. Assim, colocámos o computador de bordo a “zeros” no início da nossa subida. Tínhamos 84% de bateria no “depósito” quando começámos a viagem até ao ponto mais alto de Portugal Continental.
Rapidamente percebemos que a percentagem de bateria diminuía praticamente ao mesmo ritmo que aumentavam os quilómetros percorridos! Assim, à medida que nos aproximávamos do topo, a média de consumo já ultrapassava os 50 kWh/100 km!
Os números à chegada à Torre!
Depois de muita curva e contra-curva a bordo do nosso Volvo XC40 P6 Recharge, chegámos à Torre! Percorremos 21,4 km no total a uma velocidade média de 43 km/h. A nossa média final de consumo foram uns impressionantes 53,9 kWh/100km! Assim, o Volvo XC40 P6 Recharge chegou ao topo de Portugal Continental com 64% de bateria!
Ora, vamos agora fazer alguns cálculos curiosos. A esta média, mesmo um carro com autonomia WLTP de mais de 400 km, não faz mais de 120 km com uma bateria! Gastámos 20% de bateria para percorrer cerca de 20 km, ou seja, quase 1% por cada quilómetro percorrido!
Uma volta pelo topo de Portugal
Uma vez na Torre, não podíamos ir embora sem dar uma voltinha pelo topo da serra. Assim, aproveitámos para visitar alguns locais icónicos da Estrela.
Assim, seguimos em direção à Lagoa Comprida, onde a seca que afeta todo o país também se faz sentir nas suas margens. Depois avançamos até ao Sabugueiro e até à Cabeça do Velho. Na direção oposta, fomos até ao Covão D’Ametade e Poço do Inferno, antes de regressar à Torre para registar a descida.
Este é um passeio incrível, por lugares magníficos, rodeados pela natureza no seu esplendor máximo. Perfeito para se fazer de automóvel elétrico, sem emissões de CO2 e em plena comunhão com a beleza natural da Serra da Estrela. Quanto à autonomia não se preocupem porque, tudo o que sobe, também desce. E a descer a conversa é outra…
Infelizmente, esta paisagem, que nos costuma cortar o fôlego pela sua beleza ímpar, não era exatamente a mesma a que estamos habituados. Assim, ao longe, ainda podíamos ver as enormes colunas de fumo provocadas pelos terríveis incêndios que consumiram o Parque Natural da Serra da Estrela. Um golpe muito profundo neste pulmão de Portugal do qual não iremos recuperar tão cedo.
E a descer? Quanto regenera?
Claro que este exercício não ficaria completo sem vermos a prestação do Volvo XC40 P6 Recharge na descida de regresso.
Assim, depois das nossas voltas, percorridos 131,7 km de viagem, saímos da Torre com 49% de bateria. E, com a tecnologia One Pedal Drive ativa no nosso Volvo XC40 P6 Recharge, começámos a descida até à Covilhã.
Neste trajeto, tudo está a nosso favor. Assim, depois de voltar a serpentear a Serra da Estrela, chegámos à Covilhã com 59%! Ou seja, regenerámos 10% de bateria, metade do que gastámos a subir. Recordamos que o percurso é de cerca de 20 km e descemos dos 1993 m de altitude até aos 450 m, na base da Covilhã.
Depois, altura de regressar à cidade da Guarda.
Resumo de toda a viagem
Assim, no total, nesta viagem de ida e volta da Guarda até à Torre, percorremos 202,4 km, a uma média de 50 km/h. Saímos com 96% de bateria e regressámos com 46%. Gastámos 50% de bateria a uma média de 15,9 kWh/100km.
Ou seja, contas feitas, da Torre (onde saímos com 49%) até à Guarda (onde chegámos com 46%), cerca de 70 km, gastámos apenas 3%! Também dá que pensar…
Assim, os números finais, e apesar dos elevados consumos na subida à Torre, vêm mostrar que a mobilidade elétrica consegue dar uma excelente resposta. Mesmo em viagens com grande inclinação e variação de altitude. E, tendo em conta que o Volvo XC40 P6 Recharge não é dos elétricos mais aerodinâmicos, são números que destacam o excelente trabalho da marca sueca na tecnologia elétrica que servirá de pilar a todos os futuros modelos.
Quanto a nós, já sabe, seguimos viagem. Continue desse lado a acompanhar tudo deste Diário de Bordo – 1 Ano Elétrico.