Ford Fiesta ST MK6. O início de uma saga!

Sucessor espiritual dos saudosos modelos XR, o Ford Fiesta ST nasceu para ser o líder dos pequenos desportivos.

Corria o ano de 2004. Por cá ultimavam-se os preparativos para o campeonato europeu de futebol enquanto nas salas de cinema estreava a sequela do, muito popular, Homem Aranha. Já no campo automóvel, a Ford preparava-se para lançar um dos mais importantes Pocket Rocket que há memória, o Ford Fiesta ST.

Ford dispensa Recaro nos seus desportivos. Novos bancos são produção própria!

Porque ser desportivo, não é sinónimo de desconfortável, a Ford Performance apresentou os seus novos, e mais saudáveis, bancos desportivos.

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Legado de peso

Já aqui demos nota de várias outras versões desportivas do pequeno utilitário da oval azul. Seja nas suas mais radicais formas, sob a sigla RS, ou em parceria com um dos mais conhecidos nomes no que a desportivos britânicos diz respeito, os engenheiros da Ford souberam sempre dar uma vida mais apimentada ao muito popular Fiesta. É o que sucede atualmente com o atual Ford Fiesta ST que se mantém no mercado, mesmo com o segmento a conhecer a extinção de vários dos seus concorrentes.

Recuando um pouco no tempo, as versões XR2, foram algumas das mais icónicas e procuradas interpretações. Com mais potência e um peso naturalmente diminuto, estes clássicos Pocket Rocket eram a típica dor de cabeça, de qualquer mãe nos anos 80.

O novo modelo foi apresentado na edição de 2004 do prestigiado Salão de Genebra, sendo o primeiro Fiesta desportivo desde o Fiesta RS da década de 90. À data o preço rondava os 14 000€, equivalente, aos dias de hoje, a cerca de 18 500€, um preço apetecível para um divertido desportivo.

O último dos naturalmente aspirados

A sexta geração do Fiesta, e primeira do ST, chegou numa era anterior ao agressivo downsizing nas motorizações. Sem as preocupações atuais ao nível das emissões ou cilindrada, este Pocket Rocket fazia uso de um bloco 2.0 derivado do Mondeo, debitando 150cv. A ausência de um turbo conferia-lhe ainda um som distinto, a fazer lembrar modelos de outras épocas, como os saudosos Escort e Capri.

A potência do Ford Fiesta ST MK6 era transmitida integralmente para o eixo dianteiro através de uma caixa manual de cinco velocidades, com os diferenciais autoblocantes a serem ainda uma miragem longínqua, neste segmento. Contas feitas este grupo propulsor permitia um sprint até aos 100km/h em cerca de 8 segundos e uma velocidade máxima na ordem dos 210 km/h.

Esteticamente, este Fiesta ST ganhou um aspeto mais agressivo com novos para-choques frontais e traseiros, assim como jantes de 17″ de onze raios. No interior encontrávamos novos bancos específicos e com a gravação ST a vermelho assim como um novo volante com o mesmo apontamento.

Com atributos de sobra e uma condução desportiva exímia, o Fiesta ST rapidamente se tornou a referência entre a concorrência, sendo até hoje o alvo a abater quando falamos de Pocket Rockets. O seu sucesso é inegável, deixando apenas um amargo de boca por se verem tão poucas unidades nas estradas portuguesas.