Carlos Tavares disse “chega” e abandona a ACEA

Carlos Tavares disse chega e com a sua habitual frontalidade, vai retirar a Stellantis da ACEA, a associação europeia de construtores automóveis.

Carlos Tavares disse chega e com a sua habitual frontalidade, vai retirar a Stellantis da ACEA, a associação europeia de construtores automóveis. O poderoso grupo europeu fará o seu próprio caminho no que diz respeito às questões da mobilidade. Esta decisão de Carlos Tavares, o CEO da Stellantis, está umbilicalmente ligada à incapacidade da ACEA de travar a proposta da União Europeia em acabar com as vendas de veículos com motor de combustão interna a partir de 2035. Algo que o português entende ser uma sentença demasiado pesada para a indústria automóvel.

Carlos Tavares

A ideia de Carlos Tavares é simples: abandonar a ACEA e a Stellantis caminhar sozinha – ou com quem quiser segui-la – na busca de soluções de mobilidade.

Carlos Tavares disse… basta!

Pretendemos criar um fórum público no qual os contribuintes se possam reunir para abordar as questões principais em torno do debate sobre a mobilidade descarbonizada. Paralelamente, vamos conseguir identificar os próximos passos. Que devem poder ser dados em conjunto.

Carlos Tavares, CEO Stellantis

Porém, Carlos Tavares vai mais longe quando diz que “o evento anual terá como nome ‘Liberdade da Mobilidade’. E tem como objetivo identificar como “uma liberdade de mobilidade limpa, segura e acessível para a sociedade tendo em conta as implicações das alterações climáticas.”

Curiosamente, Carlos Tavares já foi presidente da ACEA, que representa os 16 maiores construtores europeus de automóveis, camiões e autocarros. Dentro da ACA não estão representadas marcas como a Tesla, Suzuki e Subaru, por exemplo. E até final do ano vão deixar de estar as muitas marcas do grupo Stellantis.

Por seu turno, a ACEA já reagiu em comunicado, mostrando que não gostou da situação. “Embora a ACEA respeite a decisão da Stellantis de abandonar a associação até final do ano, lamentamos vê-los sair. Continuaremos empenhados em agir como a voz forte comum dos fabricantes de automóveis, comerciais, camiões e autocarros sediados na União Europeia.”