Os 10 mais famosos erros de conceção na indústria automóvel

O Top 10 dos mais famosos erros de conceção em automóveis poderia ser um Top 100 ou até um Top 1000!

O TOP 10 dos mais famosos erros de conceção em automóveis poderia ser um TOP 100 ou até um TOP 1000! Por exemplo, há carros que olhamos para eles e a repulsa é imediata. Todos conhecemos alguns automóveis com sérias dificuldades em algumas coisas. Mas aqui no Escape Livre não queremos ser maçadores e por isso trazemos aqueles que consideramos os erros mais “estranhos” na conceção de um automóvel. Mas não podemos levar a mal alguns “erros” porque “errare humanum est”.

Audi TT – Lindo, mas perigoso!

Quando surgiu o Audi TT todos elogiaram – eu estou incluído até porque fui à apresentação internacional do carro em 1998 – o estilo do coupé alemão. Mas rapidamente as nuvens negras contaminaram a bela imagem do TT: a traseira sem asa e falta de apoio aerodinâmico provocaram um pouco habitual número de acidentes a alta velocidade.

Para colmatar este erro de conceção a linha pura do TT teve de ser magoada com a aplicação de uma asa traseira, a suspensão foi alterada e o ESP passou a estar mais vigilante.

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Chrysler PT Cruiser Cabrio – Como entrar nos lugares traseiros?

O Chrysler PT Cruiser está no TOP 10 dos mais famosos erros, desde logo porque já era uma coisa verdadeiramente estranha, pois, tentando ser um carro revivalista, não se parecia com nada. Mas a versão descapotável tentava “arejar” as ideias a quem comprasse um Chrysler PT Cruiser.

Porém, os cintos dianteiros estavam posicionados de tal forma que era quase impossível entrar para os lugares traseiros. Era preciso empurrar os cintos para baixo e passar por cima deles. Ou então, puxá-los para cima e passar por baixo. A terceira via envolvia uma imagem à Nascar, ou seja, saltar por cima da ilharga traseira e sentar-se. Mas esta via só poderia acontecer com a capota… aberta. Um hilariante erro de conceção!

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Citroën C3 Pluriel – E guardamos os arcos… onde?

O Citroën Pluriel (significado para Plural) derivava do C3 e tinha como ponto forte poder ser configurado de diversas formas. Podia fazer deslizar o tejadilho pelas calhas laterais até dentro da bagageira, podia baixar os vidros e ficar com os arcos. Ou então, podia ser um descapotável total. Como? Retirando os arcos onde estavam as calhas do tejadilho. Tudo muito bonito. Mas… e os arcos? Dizia a Citroën na época que os arcos eram leves e podiam ser deixados em casa. E se chovesse, entretanto?! Pois é… Ainda por cima o carro foi lançado quando acertar na meteorologia era pior que jogar no Totobola… Em Inglaterra, então, era o delírio!

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Citroën XM – Travão de mão… de pé!

Porque os Mercedes-Benz eram carros de luxo, a Citroën quis impressionar com o XM. E está no TOP 10 dos mais famosos erros de conceção porque colocou um travão de mão… de pé. Até aqui, nada de mais. Mas o problema estava nos carros de caixa manual nos arranques em subida. A perna esquerda era convocada a acionar a embraiagem e o travão de mão… de pé. Impossível, claro! A única solução era destravar e depois fazer um bom ponto de embraiagem… 

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Alfa Romeo MiTo – Ligar as luzes

Ligar as luzes de nevoeiro do seu carro é um ato simples: um botão para clicar, rodar ou levantar/baixar, ou um comando circular na haste do indicador de mudança de direção. Mas há sempre quem goste de complicar e na época, quem tinha um MiTo – um Fiat Punto mascarado de Alfa Romeo – tinha de mergulhar no computador de bordo e carregar em sete botões. E só podia fazê-lo com o carro parado! Desligar obrigava a idêntico processo, mas ao contrário! Felizmente que durou pouco, e a Alfa Romeo resolveu este “pequeno” erro de conceção!

ALFAROMEO MITO

Mercedes-Benz Classe A – Uma dor de alce

Este tinha, necessariamente, de estar no TOP 10 dos mais famosos erros de conceção. Os engenheiros da Mercedes-Benz que desenharam a primeira geração do Classe A, nunca mais quererão ouvir falar do coitado do Alce. E menos ainda da revista sueca “Teknikens Varld” que pegou no Classe A e, literalmente, virou-o do avesso no teste do Alce. E o que é o teste do Alce? Uma manobra de evasão perante um obstáculo. Tem regras precisas, mas surgiu nos países nórdicos para evitar os alces que andam livres pelos campos e pelas estradas.

Rasgaram-se vestes e a Mercedes-Benz teve de conceder que estava errada com o projeto do Mercedes-Benz Classe A. Mudou as suspensões e colocou um sistema de controlo eletrónico de estabilidade. A Mercedes-Benz recolheu as 17 mil unidades que já tinham sido vendidas e reparou-as.

MERCEDES CLASSEA

MINI Clubman – A porta do lado errado…

Era a versão mais espaçosa do MINI. Pouco mais, diga-se. Mas sendo mais comprida, ficava com um aspeto mais giro e além das portas traseiras duplas, tinha uma terceira porta para melhorar a péssima acessibilidade. E então qual é o problema? Bom, em Portugal, nenhum. Na Alemanha, também não. Mas na Grã-Bretanha, onde era produzido, a porta estava do lado… errado! As pessoas saiam para a estrada e não para o passeio! Era fácil resolver… trocar a porta de lado. O problema é que o espaço era tão pouco que o depósito de combustível estava do lado esquerdo do carro e para o mudar de sítio… era um custo que a MINI não esteve disposta a pagar.

miniclubman

Renault Avantime – Portas pesadelo

Os custos de fazer um Renault Espace Coupé eram poucos. O maior desafio era fazer de um carro tão grande um modelo de duas portas. Passando por cima do estilo, digamos, alternativo, e do motor V6 pior que uma esponja a derreter gasolina, o destaque do Avantime eram as portas. Eram verdadeiramente grandes e com um peso absurdo. Com dobradiças “normais”, era impossível aceder ao interior e corria o risco da porta se partir. O que fizeram os engenheiros? Não desistiram de fazer o Avantime e colocaram dobradiças duplas. Resultado? As portas mal abriam e para entrar no carro, tínhamos de ir quase até à traseira do Avantime rodar quando no limite da porta e seguir em frente até entrar. Ufa! Este erro de conceção acabou com as vendas do modelo a resumirem-se a uma “meia dúzia”.

renault avantime

Mazda RX-8 – Coupé de quatro portas?

A casa japonesa fez um coupé de quatro portas elegante e equipado com um motor rotativo. Belíssimo em termos de ruído, mas com um consumo absurdo e performances medianas. E ainda por cima com um erro estranho. Para “esconder” as duas portas extra, a Mazda colocou as dobradiças das portas da frente… à frente e as duas pequenas portas traseiras, agarradas por dobradiças colocadas atrás. As portas traseiras só podiam ser abertas quando as da frente também fossem abertas. E se o banco da frente estivesse algo recuado, era, virtualmente, impossível para quem estava sentado atrás sair do carro sem que o passageiro da frente saísse…

mazdarx8

Chevrolet Cobalt – O carro com vida própria  

Reservado ao mercado norte americano, o Chevrolet Cobalt tinha uma particularidade que causou dores de cabeça à General Motors e a alguns dos seus utilizadores. Outro exemplo que tinha de estar neste TOP 10 dos mais famosos erros de conceção. Isto porque o problema generalizava-se a outros modelos do gigante norte americano e deu direito a multas, casos judiciais e audições no congresso norte americano. E tudo porquê? Porque o canhão da ignição estava tão mal desenhado que o miolo rodava dentro do canhão sem intervenção humana! Desligava o motor, a direção assistida, os travões e os airbags! A General Motors demorou a reagir dai os processos e os acidentes que se seguiram.

chevrolet cobalt