Lexus RZ. Compendio tecnológico em forma de SUV 100% elétrico

O Lexus RZ é o mais recente modelo 100% elétrico da marca tendo a particularidade de ser o primeiro Lexus 100% elétrico desenvolvido de raiz.

O Lexus RZ é o mais recente modelo 100% elétrico da marca premium da Toyota. Tem a particularidade de ser o primeiro Lexus 100% elétrico desenvolvido de raiz para ser parte da mobilidade elétrica. Nesse sentido, tem uma plataforma especifica para veículos 100% elétricos e aproveita esse facto para oferecer uma série de tecnologias avançadas que tornam o Lexus RZ 450e um verdadeiro compêndio tecnológico que já pode ser encomendado online.

Segundo Takashi Watanabe, responsável pelo RZ, “a nossa visão é usar a tecnologia de eletrificação como forma de melhorar as performances de base de um veículo para assim continuarmos a oferecer prazer de condução nas futuras gerações de veículos.”

Lexus RZ

Ora, nesse sentido, a Lexus introduziu muitas alterações no novo modelo, embora não tenha perdido de vista aquilo que sempre caracterizou um Lexus. Assim, a casa japonesa reclama que manteve as qualidades em termos de desempenho e de qualidade de construção e de materiais. Mas, agora, com os benefícios da eletrificação e uma experiência de condução que é novidade na marca.

Lexus RZ

Lexus RZ antecipa onda de novos modelos elétricos

Para além de nos oferecer a visão sobre a nova linguagem de estilo da marca, o RZ é, também, o precursor de uma onda de novos modelos 100% elétricos que a Lexus vai lançar no curto prazo.

O RZ é o substituto do já cansado RX, utiliza a mesma plataforma e-TNGA do Toyota bZ4X e estará à venda em outubro.

Lexus RZ

Compendio tecnológico

Para lá do estilo que tem algumas diferenças face aos mais recentes modelos da Lexus, o RZ mostra algumas soluções para o futuro. Por exemplo, o volante “yoke” que se assemelha a uma manche de avião, a direção sem ligação física “steer by wire”, enfim, uma série de inovações. Porque nem todos os países aceitam este tipo de volante, naturalmente que o Lexus RZ 450e tem um volante normal.

O interior do Lexus RZ destaca-se, ainda, por estar focado no condutor. Um minimalista ecrã faz de painel de instrumentos e um verdadeiro monitor está na consola central orientado para o condutor.

A Lexus não abdicou dos botões físicos. A organização do habitáculo é semelhante à usado no NX 450h Plug-In, mas agora com as saídas de ar da climatização a serem colocadas por cima do ecrã. Este arranjo do interior é denominado pela Lexus como “Tazuna Concept” cujo termo “tazuna” significa as rédeas usada pelo cavaleiro para controlar o cavalo… Ou como a casa japonesa quer que a ligação homem máquina fique cada vez mais íntima.

Lexus RZ

Lexus RZ com volante tipo manche de avião

Como referimos acima, o Lexus RZ 450e tem um volante parecido com a manche de um avião com direção “drive by wire”, enquanto as versões “normais” e onde não haja homologação para o volante em forma de manche, usam um volante normal.

O carro pode ser atualizado via internet e o fecho das portas deixa de ser servido por um convencional trinco, substituído por um sistema elétrico “e-latch” que torna abertura mais suave. Uma aplicação no smartphone permite ter uma chave digital que pode ser partilhada.

Finalmente, dizer que o Lexus RZ conta com o mais recente desenvolvimento do Lexus Safety System+ com um número impressionante de sistemas de segurança e ajuda à condução. 

Lexus RZ

Performances de topo no Lexus RZ

O Lexus RZ tem mais potência que o Toyota bZ4X cortesia de dois motores elétricos que acionam dois e-eixos desenvolvidos pela Aisin, fornecedor do grupo Toyota. Na frente temos um motor de 150 kW (204 CV) e atrás um de 80 kW (109 CV), o que oferece uma potência combinada de 313 cv e 435 Nm de binário. Tudo alimentado por uma bateria de iões de lítio com 96 células e 355 volts. A capacidade da bateria é de 71,4 kWh.

Contas feitas, chega dos 0-100 km/h em 5,6 segundos com uma velocidade máxima de 160 km/h. Quanto á autonomia, a Lexus diz que está acima dos 400 quilómetros com um consumo abaixo dos 18 kWh/100 km.

Tudo cifras que melhoram sobremaneira o registo do Toyota bZ4X e, sobretudo, são muito melhores que as versões híbridas e a gasolina do RX. E, já agora, dizer que o RZ 450e fica a menos de dois segundos da aceleração 0-100 km/h do Lexus LFA…

Tração integral

Do mesmo modo, o Lexus RZ 450e só está disponível com a tração integral Direct4, ligeiramente diferente do sistema usado no Toyota bZ4X. O RZ utiliza uma unidade lógica de controlo feita pela Lexus que distribuiu o binário entre os dois eixos, dependendo das condições da estrada. 

Com esta capacidade de doseamento, o Lexus RZ oferece um comportamento mais e confiante. Ao mesmo tempo, tenta contrariar o efeito de mergulho nas travagens e acelerações. 

A sensação mais suave na condução, o controlo do mergulho e do levantar da frente em travagem e aceleração e manutenção de um comportamento linear, fazem parte do chamado “Lexus Driving Signature”.

“A eficácia na condução é a coisa mais importante para a Lexus” diz Takashi Watanabe, ele que antes de assumir a liderança do programa elétrico da Lexus foi a mente por trás do Lexus LC.

RZ será decisivo para a Lexus rumar à eletrificação

Como referimos, o RZ é o primeiro de uma alargada gama de produtos 100% elétricos. Será produzido na mesma fábrica do Toyota bZ4X. Utilizará baterias da Prime Planet (joint venture entre a Toyota e a Panasonic) e não da chinesa CATL. Isto porque as baterias japonesas da Prime Planet são melhores em termos de performance. Que performance? A Lexus não especificou.

Por outro lado, o RZ será o modelo charneira para o futuro, pois o UX 300e era, apenas, um modelo de transição para testar o mercado. A Lexus quer ser marca exclusivamente elétrica em 2035, tendo como objetivo vender mais de 1 milhão de veículos elétricos até 2030.

Porém, o caminho é longo e o UX 300e não vendeu mais de 5800 unidades em 2021. Para o RZ, a Lexus espera 35 mil unidades por ano com a China a absorver 1500 por mês. 

Para rematar, dizer que o Lexus RZ 450e não tem porta luvas, pois os engenheiros optaram por colocar um sistema radiante para aquecer os pés e pernas do passageiro. Assim, fica quente o ocupante do banco sem ter necessidade de aquecer todo o habitáculo, poupando energia.