Podemos dizer que foi a evolução da revolução. O Fiesta ST 200 foi a interpretação da Ford para melhorar o já muito elogiado ST de segunda geração (sétima da linhagem Fiesta). Pequenas mudanças que, no pacote completo, fazem uma diferença muito significativa.
O que muda?
Como o próprio nome deixa adivinhar, a grande diferença está na potência. Os 180 cv da versão “normal” passaram a 200 cv, com a função de overboost a permitir um acréscimo adicional de cerca de 15 cv durante 20 segundos.
A juntar à potência adicional a Ford fez ainda pequenas afinações em vários componentes do carro. A suspensão, curiosamente, ficou mais macia, acrescentando ao conforto mas sem comprometer a resposta e segurança do chassis. Em sentido inverso, a barra de torção traseira e a anti-roll bar dianteira ficaram 33% mais rígidas.
As relações de caixa foram também afinadas, passando a ser 15% mais curtas, aumentando assim a resposta do motor.
Esteticamente, a cor da carroçaria é o que mais facilmente distingue esta edição especial. O cinzento Storm Grey, “veste” bem este Pocket Rocket, com as jantes de 17” de design exclusivo a completarem um pacote estético muito bem conseguido.
A dinâmica que se espera de um Fiesta ST
Os chamados “Fast Fords” raramente desiludem e o Fiesta ST 200 não quebra esta regra. Ágil, intuitivo e divertido, a receita é perfeita para um bom pedaço de condução numa estrada mais sinuosa.
A característica que mais nos surpreende é a precisão da frente na inserção em curva. Para além da facilidade com que o faz, em ponto algum nos assusta dando a confiança para atacar as curvas com uma precisão extraordinária.
Esta dinâmica frontal é complementada por uma traseira leve, que facilmente fazemos rodar sem nunca fugir em demasia. A leveza do conjunto, aliás, nota-se em todos os aspetos da condução, oferecendo-nos a sensação de estarmos a conduzir um Kart com para-brisas.
Os 200 cv de potência ajudam à diversão, apesar de ser preciso rodar em regimes mais elevados para extrairmos o máximo do bloco 1.6 l. A resposta do acelerador podia também ser mais direta, sobretudo quando o comparamos com o mais recente Fiesta ST, onde o mais pequeno toque no pedal direito, tem uma resposta imediata.
Menos bom, e problema comum neste modelos, é o sistema de travagem. Apesar de uma boa resposta no pedal e uma força razoável, ficamos com a distinta impressão que todo o sistema foi sub-dimensionado para lidar com a dinâmica acrescida do modelo. Após algumas travagens sentimos uma elevada fadiga dos travões, obrigando-nos a reduzir consideravelmente o ritmo.
Interior espartano
Lá dentro encontramos a maior indicação que o ST 200 faz parte de outra época. O interior é dominado por plásticos duros, sendo a própria construção algo duvidosa, mesmo comparando com outros concorrentes da época.
O que importa, no entanto, não desilude. Os bancos Recaro garantem um bom apoio, sem descurar o conforto, assim como a pega do volante, em pele. A distinção para o ST convencional faz-se através de uma pequena placa com a inscrição ST200, na consola central. A posição de condução é também a ideal para momentos bem divertidos.
Em suma, este último grito da anterior geração do Fiesta ST, é verdadeiramente a sua melhor versão. Apesar de pequenas e subtis, as mudanças, quando conjugadas, fazem deste um Pocket Rocket que ficará nas páginas da história.
Como investimento será também provavelmente a melhor aposta nesta geração de Fiestas vitaminados, e por isso esta pode ser a tua oportunidade. Surpreendentemente a unidade que ensaiamos está atualmente à venda, e com apenas 42 000 km. Vale a pena uma espreitadela!
TODOS os “Pocket Rocket” à venda no mercado nacional. Aqui não entram SUVs!
Já não são muitos, mas alguns modelos ainda resistem. Estes são os pocket rocket que ainda podes comprar para te divertires no dia a dia.