Com mais um Rally de Portugal à porta, recordamos a edição de 2021

Já falta pouco para a poeira regressar aos troços do Rally de Portugal. Para aguçar o apetite hoje recordamos a última edição.

É a grande festa do desporto automóvel em Portugal. O Rally de Portugal é, todos os anos, o ponto de encontro de milhares de aficionados e a oportunidade de ver os melhores pilotos do mundo atacarem os míticos troços do norte do país.

Este ano, o destaque vai para os novos Rally 1, com motorização híbrida, sendo a primeira vez que rodam competitivamente em solo português. Sebastian Ogier, campeão em título e, o incontornável, Sebastien Loeb deverão também ser um motivo de interesse, eles que este ano competem no WRC apenas a tempo parcial, não marcando presença em todas as provas do campeonato.

Assim, com pouco mais de um mês até à edição deste ano do Rali de Portugal, recordamos os melhores momentos e os pontos chave da edição do ano passado.

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Hyundai do céu ao inferno

O primeiro dia do Rally de Portugal 2021 deixou claro que com os pneus macios da Pirelli, os Hyundai i20 WRC estavam muito á vontade. Primeiro troço em piso de terra do Mundial 2021 e uma tripla da casa coreana com Ott Tanak, Dani Sordo (a estrear Borja Rosada no banco do lado direito) e Theirry Neuville, tripla essa que se repetiria logo a seguir, deixando Ogier a 24 segundos da liderança no final do dia.

Os problemas começaram com Dani Sordo a sentir dificuldades com os pneus Pirelli. A isto juntava-se Thierry Neuville quando, no regresso do troço de Mortágua, atirou com o Hyundai i20 WRC contra um morro. Este capotou e destruiu a suspensão traseira do lado direito.

Os danos fizeram-no perder muito tempo até ao final da especial de Mortágua, atrasando inclusivamente Elfyn Evans que rodava atrás de si no troço. Esta perda de tempo viria depois a ser compensada pelos comissários, atribuindo ao galês o mesmo tempo de Ogier, vencedor do troço. Começava assim a construção de um triunfo.

Apesar do infortúnio, a Hyundai fecharia ainda o dia na frente, com Ott Tanak a liderar a prova.

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A sorte nipónica

Com o Hyundai de Ott Tanak bem alojada na frente da prova, Elfyn Evans começou a tarde do segundo dia ao ataque. Os 22,5 segundos de vantagem, à entrada para a segunda passagem no Troço de Amarante, davam alguma margem de manobra ao piloto da Hyundai.

No entanto, os 37,92 km de Amarante tomaram as rédeas do rali e mudaram quase tudo! Kalle Rovanpera, viu-se forçado a abandonar devido a um problema mecânico e, num golpe de teatro, o líder Tanak, viu o azar bater-lhe à porta.

À passagem pelo quilómetro 34,1, a suspensão traseira do lado direito partiu-se obrigando o campeão do mundo de 2019 e vencedor do Rali de Portugal do mesmo ano, a imobilizar o i20 WRC com a traseira destruída.

Contas feitas

Contas feitas, vitória para Elfyn Evans, segundo lugar para Dani Sordo e terceiro para Sebastien Ogier, que mantinha assim o comando do campeonato de pilotos.

Nos portugueses, o destaque foi para Armindo Araújo (Skoda Fabia Evo Rally2) que foi 7º entre os pilotos do WRC2. Por outro lado, este sétimo posto na geral permitiu-lhe, assim, vencer a primeira etapa que formava a competição dedicada ao Campeonato de Portugal de Ralis.

O campeão de 2020 venceu na frente de Bernardo Sousa e de Ricardo Teodósio, ambos ao volante do Skoda Fabia Evo. Bruno Magalhães foi o quarto classificado e José Pedro Fontes o quinto. Apenas Armindo Araújo, Paulo Neto e André Villas Boas fizeram toda a prova, com o ex-treinador de futebol a promover, desta forma, a sua fundação, Race for Good.

Por fim, destaque ainda para a brilhante vitória de Esapekka Lappi (VW Polo GTI R5) no WRC2. O finlandês impunha-se assim sobre Teemu Suninen (Ford Fiesta Rally2) e de Mads Ostberg (Citroen C3 Rally2). No WRC3, foi Kajetan Kajetanowicz (Skoda Fabia Evo Rally2) que levou a melhor sobre Yohan Rossel (Citroen C3 Rally2) e Chris Ingram (Skoda Fabia Evo Rally2).

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