União Europeia quer endurecer testes de emissões dos PHEV

A União Europeia quer endurecer os testes de emissões de CO2 para os veículos híbridos Plug-In e melhorar o protocolo WLTP.

Os políticos da União Europeia querem endurecer os testes de emissões de CO2 para os veículos híbridos Plug-In. Esta posição da União Europeia surge depois de muitas críticas aos testes atuais que, segundo essas mesmas críticas, não refletem as emissões em utilização real.

A nova metodologia pode levar os construtores que já vendem tantos PHEV como modelos 100% elétricos, a terem de reforçar a aposta nos veículos alimentados por bateria. Só assim conseguirão evitar multas por excesso de emissões de CO2.

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Os novos testes deverão ser colocados em vigor a partir de 2025 e vão contar com os dados dos computadores de bordo, dando, assim, uma imagem mais real da quantidade de modelos PHEV que privilegiam o motor térmico ao elétrico. Isto porque sabemos que, na realidade, nem todos o fazem.

A ideia é conseguir refletir de forma mais precisa as emissões dos modelos em utilização real. Ao mesmo tempo, satisfazer as cada vez maiores críticas dos grupos ambientalistas que parecem ter uma agenda própria em favor dos carros 100% elétricos.

A realidade dos PHEV

A acusação é a de sempre: os híbridos Plug-In não são tão ecológicos como parecem e não devem ser tratados em pé de igualdade com os veículos elétricos. O que não é surpresa para ninguém. Todos sabem que se a bateria não for carregada diariamente, os efeitos são nulos na defesa do ambiente. 

Depois do Dieselgate da Volkswagen que espalhou estilhaços por toda a indústria automóvel, o rigor dos construtores tem sido maior. E no início de cada ano, mostram os resultados dos seus testes, reservando-se para mais tarde a União Europeia.

Para já, Volkswagen, Mercedes-Benz, BMW e Renault dizem que cumpriram as metas impostas pela Comissão Europeia, destacando o reforço das vendas de modelos elétricos.

Porém, foram os PHEV que “salvaram” todas elas. Recordamos que os objetivos para 2021 sobre emissões de CO2 eram de 95 g/km, com variações ditadas em função do peso dos veículos de cada construtor.

Todos são analisados pelo protocolo WLTP, criado para funcionar com dados obtidos através de uma utilização real, incluindo dados de distância, forma de condução e tipos de pisos.

Mas vários estudos dizem que os testes WLTP estão muito longe da proclamada realidade, especialmente no que toca aos híbridos Plug-In. Dizem esses estudos que os sistemas PHEV dependem do motor de combustão interna o dobro do que é registado nos testes. Por isso, está a caminho um endurecimento dos testes aos PHEV.