O que o Lancer Evo X tem em comum com o Jeep Compass? Mais do que parece!

São muitas as partilhas de plataformas no mundo automóvel mas algumas muito mais inesperadas que outras. Um Lancer EVO e um Jeep Compass?

O mundo automóvel tem histórias muito interessantes e entre elas estão as ligações absolutamente inesperadas entre modelos que nada têm a ver, aparentemente, uns com os outros. Divirta-se conhecendo ligações inesperadas de modelos separados à nascença, mas ligados por uma base comum. Depois de descobrirmos que o VW Beetle e o Audi TT partilhavam a mesma base, aqui fica a segunda parte!

Acredita que o VW Beetle tem a mesma base de um Audi TT?

Partindo da mesma base, há carros que não parecem ser filhos dos mesmos pais. Explicamos tudo aqui neste artigo.

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Mitsubishi Lancer Evolution X – Jeep Compass

Quem diria que carros tão diferentes estejam unidos pela mesma plataforma! Pois é, a Chrysler e a Mitsubishi juntaram esforços para desenvolver a GS, uma base que foi usada na última geração do fabuloso Lancer Evolution, a décima (2008 – 2016) e a primeira geração do Jeep Compass (2006 – 2016). Claro está que a Mitsubishi fez inúmeras alterações antes de tornar a GS digna de ser a base do modelo desportivo. Mas a plataforma GS não “morreu” com o Lander Evolution, pois o Eclipse Cross lançado em 2017 tem como plataforma a GS da Mitsubishi, ou seja, a mesma que serviu o Evo X.

Ford Mondeo – Land Rover Freelander – Volvo S80

Era uma vez dois sedans e um SUV… Parece anedota, mas não é. Estes três carros muito diferentes estavam unidos pela plataforma EUCD, desenvolvida pela Ford para ser a base dos seus modelos globais de maiores dimensões. A terceira geração do Mondeo tinha esta base, tal como o S-Max. Curiosamente, quem mais explorou esta plataforma não foi a Ford. A Volvo foi quem mais usou a EUCD: a segunda geração do S80, o XC70 e o S80L para o mercado chinês e vários outros modelos.

Curiosamente, o único SUV feito com base nesta plataforma EUCD foi a segunda geração do Land Rover Freelander. Esta base permitiu que, pela primeira vez, existisse um Land Rover com tração à frente, tendo os engenheiros da Land Rover feito um trabalho excecional para que o Freelander não deixasse de respeitar o mantra “The Best 4x4xFar”.

Já os americanos chamaram MK à base feira com os japoneses, só a usando depois de ter acabado com a parceria com a Mitsubishi e ter aterrado nos braços da Daimler, agora Mercedes-Benz. Com algumas alterações, a MK acabou por ser usada em modelos como o Compass e mais tarde no Patriot. Conhecida esta quase obscura ligação entre a Jeep e a Mitsubishi, percebe-se porque estes e outros modelos da Jeep serem mais orientados para a utilização em alcatrão do que o habitual na marca americana.

Saturn Aura – Fiat Croma

O que é que um carro americano tem a ver com um modelo italiano? A plataforma, no caso, a Epsilon que serviu de base a vários carros, entre eles este Saturn Aura. E o que era este carro? Era um produto da estratégia da General Motors de fazer carros com a caixa de peças dos muitos outros modelos que vendia no mercado. Porém, a Saturn foi diferente e recebeu, logo, uma plataforma nova feita a pensar na nova marca. O que foi um erro, pois os carros ficaram caros e feitos com outras peças conhecidas, levou ao distanciamento dos clientes.

Os modelos finais da Saturn, como este Aura, viveram pouco tempo e usavam esta plataforma Epsilon, sendo um dos 15 carros que tiveram como base a Epsilon. Carros como o Saab 9-3, Opel Vectra, Pontiac G6 e o Chevrolet Malibu. Mas o carro que menos esperaríamos ter por base uma plataforma da General Motors, vem de Itália. O Fiat Croma recuperou um nome antigo da casa italiana para fazer um carro que tentava impor o conceito crossover e que foi o único produto da curta ligação entre a GM e a Fiat, que custou mais de 2 mil milhões de dólares aos americanos. A marca italiana ainda conseguiu usar a Epsilon e fazer o Fiat Croma, um carro que não conheceu sucesso.