TUDO sobre iluminação automóvel. Do Halogéneo ao Laser, passando pelo LED

É um item que é muitas vezes descurado mas que pode colocar a segurança em risco. Todos os detalhes sobre os tipos de iluminação automóvel.


Não é novidade que qualquer automóvel está repleto de lâmpadas, e se nem todas têm a mesma função, previsivelmente também não têm todas a mesma duração. Assim, algumas podem exigir cuidados especiais. Seja para iluminar, ou para sinalizar, as lâmpadas que encontramos no nosso automóvel têm um tempo de vida e não, não é até se fundirem, mas vamos por partes tentando desde já separar as águas, que é como quem diz, as lâmpadas…

Atualmente na indústria encontramos os seguintes tipos de iluminação automóvel, a saber:

  • Halogéneo
  • Xénon
  • LED
  • Laser

Halogéneo

São as mais comuns e foram inventadas pela General Electric em 1882. Foram durante muitos anos consideradas a melhor opção, fosse pela capacidade de iluminação, fosse pela poupança energética, mas o tempo veio a provar que não era bem assim. São lâmpadas incandescentes que contêm um filamento de tungsténio dentro de uma bolha de gás (halogéneo).

É, hoje em dia, uma solução barata e de fácil manutenção/substituição, mas têm uma vida útil inferior devido a vários fatores que fazem com que ao longo do tempo estas percam a sua eficácia máxima. Têm uma vida útil que pode ir das 400 às 1200 horas como limite. O ideal será trocá-las antes deste limite, já que mesmo que se mantenham em funcionamento, a eficácia será muito inferior a uma lâmpada nova. Por terem algum desgaste ao longo do tempo é comum recomendar-se a troca aos pares quando estas já têm longas horas de uso, de outra forma poderá verificar-se uma iluminação diferente em cada farol. O seu alcance também não é dos melhores, ainda que já existam várias lâmapdas de halogéneo de longo alcance.

  • Baixo custo;
  • Fácil substituição;
  • Perdas energéticas;
  • Temperaturas elevadas;
  • Desgaste permaturo (1000 horas);
  • Baixa eficiência (1500 lm);
  • Recomenda-se a troca em pares;

Xénon

Criadas pela Philips, são conhecidas por serem responsáveis por uma iluminação automóvel mais eficaz, mais abrangente e com uma tonalidade mais clara (branca). As lâmpadas de Xénon resultam do aquecimento de uma mistura de gases. Os principais elementos destas lâmpadas são os eléctrodos de tungsténio. Estes estão dentro de um invólucro em vidro de quartzo com vapores de mercúrio e a tal mistura de gases, nomeadamente, o Xénon.

Para conseguir produzir o arco elétrico que produz a iluminação, é necessária uma tensão muito alta ( 23000 a 30000 V). Por esse motivo estas lâmpadas necessitam de dispositivos de ignição especiais que convertem a tensão do sistema elétrico numa descarga de alta tensão. É também este um dos motivos pelo qual a transformação de halogéneo para Xénon não é permitida, ou pelo menos homologada. É também por este motivo que muitos fabricantes recomendam que a substituição das lâmpadas de Xénon sejam feitas por profissionais.

Embora tenham uma maior vida útil, em torno das 2000 horas, são lâmpadas mais dispendiosas. Inicialmente eram encontradas em viaturas de gama média/alta. Antes da sua democratização chegaram ao mercado os LEDs.

  • Maior eficiência (3000 a 4500 lm);
  • Maior durabilidade (2000 horas);
  • Temperatura de cor (4500 a 6000k);
  • Substituição mais dispendiosa;
  • Substituição por profissionais.
  • Recomenda-se a troca em pares;

LED (light-emitting diode)

Entretanto, chegou a tecnologia LED, mais eficiente e mais barata, com a particularidade de se poder criar formas com ela. Foi com ela que chegaram as “assinaturas LED” em todos os atuais automóveis do mercado. De um momento para o outro, esta tecnologia passou a permitir distinguir modelos e/ou marcas não pelos faróis, mas pela iluminação em si.

A emissão de luz é feita por alguns semicondutores quando atravessados pela corrente elétrica, devido à alteração do nível energético dos electrões. Assim, as lâmpadas LED, ao contrário das anteriores, não têm qualquer tipo de filamento, sendo bastante mais resistentes a vibrações e impactos. Por serem lâmpadas que funcionam com baixa corrente são suscetíveis a permanecerem semi-ligadas, ou ao efeito de parpadeo (piscar). Isto deve-se a uma corrente residual que não afeta as lâmpadas convencionais por precisarem de elevados níveis de energia, ao contrário das lâmpadas LED com baixo consumo de energia. Existem formas de contornar esta sitações, principalmente quando se trata de uma conversão de halógeneo para LED. Uma das hipóteses é instalação de resistências.

  • Baixa potência;
  • Ausência de qualquer tipo de gás nocivo;
  • Maior durabilidade (vários anos);
  • Pouco desgaste;
  • Maior resistência a vibrações;
  • Temperatura de cor (6000 a 6500k);
  • Baixo custo;
  • Fácil substituição/conversão;
  • Possível efeito semi-ligado ou de cintilação;

Laser

Coube ao BMW i8 estrear a iluminação Laser num carro de produção em série. Esta tecnologia de iluminação automóvel resulta de feixes laser direcionados para um conjunto de espelhos. Estes são responsáveis por reverter a direção da luz e projetá-la através de uma nuvem de gás amarelado fosforescente.

O brilho já é atualmente quase quatro vezes maior do que o do LED. O principal benefício para os condutores é que estes faróis têm o maior alcance fornecido por qualquer tecnologia atual de faróis. O alcance de um farol laser pode ir até ao dobro da distância dos faróis LED standard atuais.

  • Maior eficácia;
  • Maior alcance (até 600m);
  • Reduz a fadiga visual;
  • Preço;
  • Só acessível de origem e em modelos de gama alta;

Substituição

No que diz respeito à substituição da iluminação automóvel, em primeiro lugar é necessário identificar o tipo de lâmpada a substituir (H1, H4, H7, etc etc…) e adquiri as mesmas. Esta informação normalmente encontra-se facilmente no manual da viatura.

Para qualquer um dos tipos de iluminaçãoo (Halogéneo, Xénon, LED), a subsituição das lâmpadas dependerá sempre de caso para caso. Normalmente é algo que está descrito no manual da viatura, no entanto, há construtores que remetem a sua substituição para a oficina de forma a que a mesma seja feita por um profissional qualificado.

Tanto para as lâmpadas de halógeneo como para as de Xénon, o importante é evitar tocar diretamente com as mãos na lâmpada. As impressões digitais podem provocar sobreaquecimento. Se tocar acidentalmente na lâmpada, limpe-a com álcool para remover a “sujidade”.

Informação

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