Adeus FCA. Adeus PSA. Olá Stellantis!

A fusão PSA/FCA está consumada. Nasce o quarto maior fabricante de automóveis do mundo, a Stellantis. Italianos e Franceses unem-se, mas “ao volante” vai um português!

Anunciada em outubro de 2019 e sujeita a um longo processo de escrutínio e de aprovações por parte das autoridades e dos acionistas, a fusão entre a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e a PSA está oficialmente completa. Deste modo nasce a Stellantis, uma utilização do latim “iluminar com estrelas”.

Acima de tudo, a Stellantis será o quarto maior construtor mundial de automóveis, com uma produção anual de 8 milhões de unidades entre ligeiros e comerciais. Agrupa 14 marcas que cobrem praticamente todos os segmentos do mercado e quase todos os continentes.

A Peugeot, Citroën, DS, Opel / Vauxhall, Alfa Romeo, Fiat, Lancia, Maserati, Jeep, Dodge, Chrysler, Ram e Abarth, passam assim a estarem representadas por um só grupo, a Stellantis.

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Preponderante nesta fusão foi o papel de Carlos Tavares, que agora assume a função de Diretor Executivo do novo gigante automóvel, a Stellantis. O português que esteve à frente do Grupo PSA desde 2014, recuperando-o da falência eminente, é reconhecido pelo mérito enquanto gestor e pelos cargos que já desempenhou na indústria automóvel. Antes de abraçar o desafio da PSA, Carlos Tavares esteve, desde 1981, entre a Renault e a Nissan.

Carlos Tavares

Poupar será a regra de ouro

Posteriormente, o grupo estima poupar 5 mil milhões de euros através de sinergias e economias de escala. 40 % da redução de custos resultará da convergência de plataformas e outros componentes bem como da otimização dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A poupança em fornecedores será de 35%, e as operações de vendas e despesas gerais representará 7%. Desse modo, a Stellantis estará cotada nas bolsas de Paris, Milão e Nova Iorque, onde entra a 17 e 18 de janeiro.

Todavia, o Conselho de Administração tem dois diretores executivos, sendo Carlos Tavares CEO e John Elkann presidente. Em contrapartida, os restantes nove diretores ocupam posições não executivas e a empresa é detida em partes iguais pela FCA e PSA. Assim, Carlos Tavares assume novamente um enorme desafio no topo da indústria automóvel depois de ter reestruturado a PSA e adquirido a Opel.